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Acusada de venda casada, Amazon é obrigada a interromper exibição de anúncios no Prime Video

Recentemente, a Amazon foi intimada a interromper a exibição de anúncios na plataforma de streaming Prime Video. A suspensão, porém, ocorrerá apenas para alguns dos perfis mais antigos, que existiam antes de a prática publicitária ser instaurada há três meses. A decisão partiu do Tribunal de Justiça de Goiás.

Em meados de fevereiro, a empresa havia anunciado uma mudança nas regras da plataforma, a qual mencionava que anúncios seriam exibidos durante a reprodução de filmes e séries no serviço de streaming.

Para quem tem pressa:

  • O Amazon Prime Video divulgou, meses atrás, que o único plano de assinatura que havia na plataforma seria automaticamente transformado num ‘plano único com anúncios’;
  • Para assistir sem anúncios, que interrompem a programação, o assinante deveria pagar uma taxa mensal extra de R$ 10;
  • Por reconhecer a prática como abusiva, o Ministério Público de Goiás solicitou que o Tribunal de Justiça de Goiás analisasse o caso;
  • Agora, o Prime Video está proibido de cobrar valores extras e não pode incluir anúncios no plano de assinantes antigos que já detinham um perfil antes da implementação de todas essas mudanças no serviço de streaming.
Acusada de venda casada, Amazon é obrigada a interromper exibição de anúncios no Prime Video
Tribunal de Justiça de Goiás (Divulgação: TJGO)

As assinaturas antigas seriam transformadas no plano básico com anúncios e a única forma de evitar a reprodução das publicidades seria pagar uma taxa extra de R$ 10, ou seja, fazer um upgrade da assinatura. Nisso, o Ministério Público de Goiás fez uma solicitação ao Tribunal de Justiça de Goiás, o qual considerou a prática da Amazon abusiva, constituindo venda casa.

Segundo o site JusBrasil, “a venda casada pode ser caracterizada quando o fornecedor de produtos ou serviços impõe condições onde o consumidor só poderá adquirir algo se adquirir outro.” A prática é considerada criminosa no Brasil.

A decisão oficial do TJGO solicita que a exibição de anúncios seja retirada para os usuários que assinaram o streaming antes de a reprodução de publicidade entrar em vigor. Ademais, a Amazon está proibida de diminuir a qualidade do serviço de qualquer forma para estes assinantes e de cobrar a taxa extra de R$ 10 para remover os anúncios.

10 de maio de 2025 - 20:27
A página oficial do Prime Video ainda divulga a possibilidade de pagar R$ 10 extras para assistir sem anúncios (Divulgação: Amazon Prime Video)

De acordo com o MP de Goiás, órgão responsável por dar início à denúncia, a Amazon “alterou unilateralmente todos os contratos existentes que estavam ‘sem anúncios’ para ‘contratos com anúncios’”.

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O MP relata que a Amazon não foi efetivamente transparente com seus assinantes. Por exemplo: não foi informado quanto tempo durariam os anúncios, com que frequência iriam aparecer, ou mesmo em qual quantidade.

A multa diária estabelecida pelo TJGO ficou em torno de R$ 50 mil (mas pode chegar a R$ 3 milhões) em caso de não cumprimento da ordem judicial.

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Fonte: Olhar Digital

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