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BDRs de big techs decepcionam em 2025 e ficam atrás das ações originais e do Ibovespa

12 de julho de 2025 - 13:39A Bolsa Nasdaq, em Nova York –
26/03/2024 (Foto: REUTERS: Brendan McDermid)

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As 7 Magníficas, normalmente vistas como vencedoras absolutas, tiveram um primeiro semestre conturbado. Enquanto Meta (M1TA34), Microsoft (MSFT34) e Nvidia subiram, Amazon ficou no zero a zero e Alphabet (GOGL34), Apple (AAPL34) e Tesla (TSLA34) registraram quedas significativas.

Quando a análise leva em conta o desempenho dos BDRs – certificados que representam ações de empresas estrangeiras negociadas na B3 -, o cenário piora. Quatro caíram, todas perderam para o Ibovespa, e a diferença percentual entre ação e BDR chegou a 21,28 pontos, com os ativos brasileiros ficando bem atrás.

Os dados são de um estudo da Quantum Finance compartilhado com o InfoMoney.

A maior queda foi da Tesla: o BDR recuou 37,09%, enquanto a ação negociada nos EUA caiu 20,80%. Em seguida aparece a Apple, cujo certificado caiu 25,72%, ante 15,40% do papel original. Depois vem a Alphabet, com queda de 19,31% no BDR, contra 5,54% da ação. No mesmo período, o Ibovespa recuou 15% (veja lista completa abaixo).

A principal explicação para a queda acentuada dos BDRs é a valorização do real. Quando a ação original já está em baixa e o real se fortalece, o impacto nos certificados é duplo: eles perdem com o papel lá fora e com o câmbio. No primeiro semestre, a moeda brasileira subiu 12,30% frente ao dólar, segundo levantamento da Austin Rating.

“O que derruba os BDRs não é só o desempenho das ações lá fora, é o câmbio. Com o real se valorizando, os BDRs sofrem ainda mais, mesmo que as ações lá fora não tenham caído tanto”, explicou Fábio Murad, economista e CEO da Super-ETF Educação.

Veja tabela:

EmpresaRetorno do BDRsRetorno das ações originais
Meta7,10%21,63%
Microsoft2,23%18,35%
Nvidia1,25%22,53%
Amazon-11,32%1,47%
Alphabet-19,31%-5,54%
Apple-25,72%-15,40%
Tesla-37,09%-20,80%
Fontes: Economatica e InfoMoney

Investir direto nos EUA é melhor?

Depende. Murad acredita que investir diretamente nos EUA protege contra a desvalorização do real e dá mais liberdade ao investidor. “Você pode comprar ETFs, fazer renda com opções, vender a hora que quiser. Nos BDRs, você não tem nem isso, nem aquilo. Fica no meio do caminho, dependendo do humor da B3 e do câmbio.”

Os BDRs, no entanto, também têm suas vantagens. A principal, segundo Bruno Rocio, assessor de investimentos na Raro Investimentos e planejador financeiro, é a simplicidade. Eles oferecem “acesso de forma simples ao mercado internacional diretamente pela bolsa brasileira, sem precisar abrir conta no exterior e fazer remessa internacional de dinheiro”, o que ainda é um obstáculo para muitos investidores.

Ainda assim, Rocio alerta: é preciso avaliar o BDR com base em fundamentos da empresa – como receita, lucro líquido, margem líquida, ROE (Retorno sobre o Patrimônio) e ROIC (Retorno sobre o Capital Investido). Ele também destacou a liquidez como ponto de atenção. “A baixa liquidez pode dificultar a compra ou venda a preços mais justos, podendo prejudicar a rentabilidade da carteira ao longo dos anos.”

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Fonte: InfoMoney

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