A quinta-feira (10) foi de tensão renovada nos mercados, com o Ibovespa estendendo sua série negativa para o quarto pregão consecutivo. O índice caiu 0,54%, aos 136.743,26 pontos, pressionado pela repercussão do anúncio de tarifas de 50% impostas por Donald Trump aos produtos brasileiros. Apesar do impacto político e econômico, o tombo foi mais contido do que o mercado chegou a precificar na mínima do dia, quando o índice recuava até 136.014 pontos. O real sofreu mais, com o dólar comercial em alta de 0,72%, a R$ 5,543, enquanto os juros futuros oscilaram com menos intensidade. No cenário doméstico, dados de inflação e debates fiscais acabaram ofuscados pelo avanço da guerra comercial entre Brasil e EUA.
Para os traders do mini-índice, o pregão foi marcado por movimentos amplos, abertura em baixa e tentativas de recuperação ao longo do dia. A volatilidade deve persistir, com viés de cautela, já que o Ibovespa segue pressionado por fatores externos — como a guerra tarifária liderada por Trump — e internos, como a reação do governo brasileiro e os desdobramentos fiscais. Mesmo com o alívio proporcionado pela alta de Vale e siderúrgicas, o peso das quedas em bancos e Embraer mostra que o mercado ainda está em modo defensivo. Com isso, os próximos dias exigem atenção redobrada.
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Os contratos de mini-índice com vencimento em agosto (WINQ25) fecharam a última sessão no positivo, com alta de 0,63%, cotados aos 138.575 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
O gráfico de 15 minutos mostra uma recuperação após forte pressão vendedora nos últimos dias. A alta da última sessão recolocou o mini-índice acima das médias curtas e acendeu o alerta para uma possível retomada do fluxo comprador.
Para confirmar esse cenário, será preciso romper a resistência em 138.695/138.875 (1). Superada essa faixa, os próximos alvos estarão em 139.215/139.530 (2) e, mais acima, em 139.850/140.245 (3).
Caso o ativo não consiga sustentar o movimento de alta, a perda da região de 138.450/138.100 (1) pode trazer de volta a pressão vendedora, com alvos na faixa de 137.570/137.155 (2) e, na sequência, em 136.755/135.900 (3).
No diário, o mini-índice demonstrou força ao respeitar a média de 200 períodos, revertendo momentaneamente a sequência de três quedas consecutivas. O candle de recuperação reforça a importância da faixa de suporte em 137.345/136.675, e o movimento de ontem aponta para possibilidade de continuação da alta.
Para isso, será necessário romper a zona de resistência entre 138.875/140.315. Acima desse patamar, o objetivo imediato é a faixa de 141.340 pontos. Caso o movimento de baixa retorne, atenção para o rompimento de 137.345/136.675, o que abriria espaço para nova pressão até 135.890 pontos. O IFR (14) está em 43,50, mantendo o viés neutro.
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WINQ25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, a última sessão sinalizou uma correção positiva após a sequência de quedas, com o preço oscilando entre as médias de 9 e 21 períodos – ambas ainda sem inclinação clara. A superação ou perda dessas referências pode direcionar o fluxo de hoje.
Para que o mini-índice retome a trajetória de alta, será necessário romper a resistência em 138.920/139.850 (1). Superando essa faixa, os próximos alvos estão em 140.275/140.560 (2) e 141.370/141.895 (3).
Já para que o ativo volte a sentir a pressão vendedora, será preciso romper o suporte em 138.100/136.755 (1). Caso essa faixa seja perdida, os alvos de baixa ficam em 135.890/134.960 (2), com projeção mais longa na região de 133.445/132.765 (3).
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney
