Uma loja da Starbucks Corp. em Xangai. Fotógrafo: Qilai Shen/Bloomberg
A Starbucks recebeu propostas de investidores potenciais para seu negócio na China, a maioria dos quais busca uma participação majoritária na operação, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A empresa sediada em Seattle está atualmente no processo de analisar as propostas e selecionar um grupo de investidores potenciais para uma próxima rodada de lances, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas devido à privacidade do assunto. A companhia pode compartilhar detalhes financeiros e operacionais com esses investidores para ajudá-los a avaliar a valorização de seus ativos chineses, acrescentaram.
Embora a opção preferida da Starbucks fosse vender uma participação minoritária a um parceiro que possa ajudar a retomar o crescimento das operações na China, agora pode considerar a venda de uma participação maior, com base na valorização e outros fatores, disseram as fontes. Os parceiros potenciais, que incluem players do setor e fundos de private equity, apresentaram propostas não vinculantes em junho, e a maioria deseja uma participação majoritária, pois isso pode lhes conferir poderes decisórios e estar mais alinhado com suas estratégias de investimento, explicaram.
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As ações da Starbucks subiram 2,6% às 9h31 em Nova York na quarta-feira (9). O papel já havia avançado 4% neste ano até o fechamento de terça-feira (8).
A revisão do negócio da Starbucks na China ainda está em estágio inicial, e nenhuma decisão final foi tomada sobre a estrutura, valorização e potenciais compradores. Em comunicado, a Starbucks afirmou ver “potencial significativo de longo prazo na China”.
“Continuamos comprometidos com a China e queremos manter uma participação relevante no negócio”, disse a Starbucks.
O gigante do café enfrentou uma queda nas vendas na China, embora as vendas comparáveis tenham se mantido estáveis no último trimestre após quatro períodos de declínio. Em resposta, a empresa lançou produtos que atendem mais diretamente aos gostos locais, já que consumidores antes atraídos pelo prestígio das cadeias estrangeiras mais caras estão se retraindo diante da incerteza econômica. Ao mesmo tempo, concorrentes domésticos mais baratos surgiram, incluindo a Luckin Coffee Inc., que em 2023 ultrapassou a Starbucks para se tornar a maior rede de cafeterias do país.
A Starbucks ajustou seu cardápio para reconquistar clientes chineses, incluindo a introdução de mais opções sem açúcar e a redução de preços em várias bebidas à base de chá. Seu primeiro diretor de crescimento para a China seguirá uma estratégia de parcerias com marcas de entretenimento e ícones da cultura pop para atrair consumidores mais jovens.
A Bloomberg News informou em maio que a Starbucks havia iniciado um processo para revisar seu negócio na China — seu segundo maior mercado — incluindo uma possível venda de participação. A transação poderia valorizar os ativos em vários bilhões de dólares.
A empresa afirmou no mês passado que não está considerando a venda total de sua unidade chinesa.
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Fonte: InfoMoney