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Haddad sobre necessidade do IOF: “Não faz sentido favorecer uns e prejudicar todos”

9 de julho de 2025 - 15:31O Ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, participa de uma coletiva de imprensa após reunião com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, em Brasília, Brasil, em 29 de janeiro de 2025. REUTERS/Adriano Machado

" data-medium-file="https://i0.wp.com/www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/05/2025-04-28T130944Z_347241976_RC2VJCAA23KC_RTRMADP_3_BRAZIL-ECONOMY-TRADE.jpg?fit=300%2C200&quality=70&strip=all&ssl=1" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/05/2025-04-28T130944Z_347241976_RC2VJCAA23KC_RTRMADP_3_BRAZIL-ECONOMY-TRADE.jpg?fit=1220%2C813&quality=70&strip=all">

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (8) que sua equipe está reunindo documentos e dados técnicos para comprovar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a necessidade de manter o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

“Vamos comprovar para o ministro Alexandre que estamos evitando planejamento tributário, elisão e evasão fiscal. Atingimos patamares absurdos: são R$ 800 bilhões favorecendo determinados grupos econômicos em detrimento do empresariado nacional”, disse Haddad a jornalistas, no edifício-sede do ministério, em Brasília.

Moraes convocou uma audiência de conciliação entre os Poderes para o próximo dia 15, após o impasse entre Planalto e Congresso em torno da medida. A cobrança com alíquotas mais altas foi suspensa após decisão do STF que interrompeu os efeitos tanto do decreto presidencial quanto da votação no Congresso que o revogava.

Segundo dados da Fazenda, a arrecadação com o IOF atingiu R$ 8 bilhões em junho, um aumento de R$ 2,1 bilhões em relação a maio (R$ 5,9 bilhões). Para Haddad, a resistência à cobrança prejudica o equilíbrio fiscal e compromete a política econômica.

“Compromete as metas fiscais, a taxa de juros fica alta, prejudica o país inteiro. Qual o sentido de favorecer uns empresários e prejudicar todos? Não faz sentido nenhum”, afirmou o ministro.

Tentativa de distensionar com Câmara

Haddad também adotou tom conciliador ao se referir ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), com quem o Planalto tem enfrentado desgaste por conta da derrubada do decreto.

“Eu não tenho o direito de me afastar de um presidente da Câmara com quem tenho muitos amigos em comum. Quando um não quer, dois não brigam. Nenhum de nós quer brigar”, afirmou, em entrevista ao site Metrópoles.

Segundo ele, os dois devem se reunir ainda nesta semana para tentar um entendimento. “Eu nunca saí de uma negociação sem acordo”, declarou.

Congresso resiste a novo imposto

Hugo Motta, por sua vez, tem reiterado publicamente que a elevação de impostos não será bem recebida no Parlamento. Segundo ele, a prioridade deveria ser o corte de gastos, e não o aumento da carga tributária.

A fala de Haddad ocorre em meio ao esforço do governo para reverter a perda de receitas e cumprir a meta fiscal em 2025. O aumento do IOF é uma das medidas previstas para compensar o rombo orçamentário, mas enfrenta forte resistência política dentro do Congresso.

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Fonte: InfoMoney

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