Painel de cotações (Shutterstock)
O Itaú BBA elevou as suas projeções para o Ibovespa ao fim de 2025, passando de 145 mil pontos para 155 mil pontos, o que representa um avanço de 11% em relação ao fechamento de segunda-feira (7).
Os estrategistas Daniel Gewehr destacam a revisão diante de uma dinâmica de custo de capital mais baixa e uma leve revisão negativa no lucro das empresas.
Pela perspectiva de múltiplo, o novo preço-alvo implica numa razão preço/lucro justa de 8,7 vezes, que se compara com os 8,3 vezes de preço/lucro atual e uma média histórica de 10,7 vezes.
A tese no Brasil é baseada em quatro pilares, listados a seguir:
i) Valuation (positivo) – o Brasil está sendo negociado a 8,3 vezes o preço em relação ao lucro (P/L) e 5% de Earnings Yield Gap (métrica de valuation ajustada por taxas reais de títulos públicos), o que, na visão do BBA, precifica um cenário pessimista de 60-70%;
ii) Dinâmica de resultados (levemente negativo) – o lucro líquido do Ibovespa crescerá de baixa base, impulsionado por domésticos e commodities, mas com risco de revisões para baixo com juros ainda elevados e preços de commodities mais baixos, aponta o BBA;
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iii) Macro (neutro) – a flexibilização monetária começará nos próximos 12 meses, em meio a incertezas fiscais e crescimento mais fraco do PIB global e
iv) Técnico/posicionamento (neutro) – IBOV/EWZ acima do território neutro, cenário ainda desafiador para a indústria de fundos local e entrada de estrangeiros.
O BBA favorece carrego (dividendos, TIRs, ou Taxa Interna de Retorno, de dois dígitos e proteção contra inflação), qualidade/alto ROE (retorno sobre o patrimônio) e exposição cambial representada por quatro temas: i) infraestrutura e bond proxies (ações com comportamento parecido com títulos) com TIRs reais de dois dígitos (focados em empresas de qualidade dos setores elétrico, saneamento, infraestrutura e shoppings); ii) cíclicos de qualidade com carrego (com financeiras, construtoras de baixa renda e transporte, favorecendo empresas de qualidade nesses setores); iii) exportadores e empresas de commodities selecionadas a valuation atraente (favorecendo em celulose & papel, petróleo & gás); e iv) líderes em oportunidades de reinvestimento – histórias seculares (tendências de crescimento secular nos setores de consumo, serviços, industriais e saúde, visando histórias de qualidade a preço razoável).
Carteira de ações
O BBA também fez mudanças em sua Brazil Buy List, com quatro alterações. Entram os ativos de Multiplan (MULT3), Bradesco (BBDC4), GPS (GGPS3), e PRIO (PRIO3) e saem Santos Brasil (STBP3), Caixa Seguridade (CXSE3), Grupo Mateus (GMAT3) e Petrobras (PETR4).
A carteira ainda é composta pelas ações das empresas Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3); Direcional (DIRR3), BTG Pactual (BPAC11); Suzano (SUZB3); e Rede D’Or (RDOR3).
Confira a composição atualizada da carteira do Itaú BBA:
Ação | Empresa | Setor | Peso no Portfolio | Recomendação | Preço Alvo |
---|---|---|---|---|---|
EQTL3 | Equatorial | Energia Elétrica | 10% | Compra | 50,10 |
SBSP3 | Sabesp | Saneamento | 10% | Compra | 132,21 |
MULT3 | Multiplan | Shoppings | 10% | Compra | 36,00 |
DIRR3 | Direcional | Construção | 5% | Compra | 61,00 |
BPAC11 | BTG Pactual | Bancos | 15% | Compra | 40,00 |
BBDC4 | Bradesco | Bancos | 10% | Compra | 20,00 |
PRIO3 | PRIO | Óleo e Gás | 15% | Compra | 62,00 |
SUZB3 | Suzano | Papel e Celulose | 10% | Compra | 63,00 |
GGPS3 | GPS | Transportes/Serviços | 5% | Compra | 22,00 |
RDOR3 | Rede D’Or | Saúde | 10% | Compra | 46,00 |
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Fonte: InfoMoney