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Qual animal consegue segurar o fôlego por mais tempo?

Toda criança já brincou de apostar quem conseguia ficar mais tempo sem respirar. Seja na piscina, no banho ou apenas por diversão, segurar o fôlego é uma experiência comum que, para muitos, se transforma em um desafio entre amigos ou irmãos.

Mas logo se percebe que não dá para manter isso por muito tempo. O corpo humano exige oxigênio constante e começa a dar sinais de alerta após poucos segundos sem respirar.

No entanto, no reino animal, a história é bem diferente. Existem espécies que desenvolveram verdadeiras habilidades de sobrevivência baseadas justamente em ficar longos períodos sem respirar. Então vamos conhecer qual animal consegue segurar folego por mais tempo?

A importância do oxigênio para a vida

O oxigênio é um dos elementos mais importantes para a manutenção da vida nos organismos aeróbicos.

7 de julho de 2025 - 17:58
Moléculas de oxigênio “saindo” das plantas (Imagem: Katiindies/Shutterstock)

Ele participa diretamente da respiração celular, processo no qual as células transformam nutrientes em energia.

Essa energia, armazenada em moléculas chamadas ATP, é utilizada para todas as funções vitais do corpo. A ausência de oxigênio interrompe esse ciclo e compromete rapidamente o funcionamento de órgãos e tecidos.

Em poucos minutos sem oxigênio, o cérebro sofre danos irreversíveis. Por isso, para a maioria dos animais, a respiração é um processo constante e essencial.

Prender o fôlego é perigoso para a maioria dos seres vivos

Em humanos e outros mamíferos terrestres, prender o fôlego além do limite natural pode causar desmaios, convulsões e até parada cardíaca.

Bolhas de água demonstrando velocidade. Jovem, atleta de natação em movimento durante o treinamento na piscina, preparando-se para a competição. Conceito de esporte profissional, saúde, resistência, força, estilo de vida ativo.
A natação contribui para a melhorar da condição cardiorrespiratória/Shutterstock- Foto Master1305

O tempo médio que uma pessoa saudável consegue segurar a respiração está entre um e dois minutos.

Mergulhadores profissionais em apneia, com treinamento adequado, podem chegar a cinco ou até dez minutos.

Ainda assim, esse esforço envolve riscos, e qualquer erro de cálculo pode ser fatal. Em ambientes submersos, o perigo é ainda maior, já que a pressão aumenta e o reflexo de inalar água pode ocorrer em situações extremas.

Apesar desses riscos, existem animais que desenvolveram estratégias complexas para sobreviver por longos períodos sem respirar. Eles não apenas toleram a ausência de oxigênio, como utilizam essa habilidade como mecanismo de defesa e adaptação ao ambiente.

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Golfinhos: mestres da respiração controlada

Golfinhos são mamíferos marinhos que respiram ar, assim como os humanos. Apesar de viverem o tempo todo na água, eles precisam subir à superfície regularmente para respirar.

Golfinho feliz
(Imagem: Christel Sagniez / Pixabay)

O golfinho-nariz-de-garrafa, por exemplo, é um animal que consegue segurar o fôlego por cerca de 10 minutos. Durante esse tempo, ele desacelera os batimentos cardíacos e redireciona o fluxo sanguíneo para os órgãos mais importantes.

Para dormir, os golfinhos usam uma técnica única: desligam um hemisfério cerebral de cada vez. Dessa forma, mantêm parte do cérebro ativa para controlar a respiração e evitar afogamentos.

Essa capacidade é uma adaptação essencial para sobreviver em um ambiente onde o oxigênio não está sempre disponível.

Preguiças: campeãs inesperadas

Apesar de serem conhecidas por sua lentidão extrema, as preguiças surpreendem ao revelar uma impressionante habilidade de ficar submersas por até 40 minutos.

Bicho-preguiça deitado em galho de árvore
Bicho-preguiça deitado em galho de árvore (Imagem: Josanel Sugasti / Shutterstock)

Esse feito é possível graças ao metabolismo extremamente lento desses animais. Quando mergulham, as preguiças reduzem sua frequência cardíaca em até dois terços, economizando oxigênio de maneira eficaz.

Outro fator que contribui é o sistema digestivo. As preguiças se alimentam basicamente de folhas, que fermentam no estômago e geram gases.

Esses gases ajudam na flutuação, funcionando como um colete salva-vidas natural. Essa habilidade de nadar com eficiência e a capacidade do animal segurar o folego por tanto tempo compensa a falta de agilidade. Ela permite que as preguiças atravessem rios ou escapem de predadores sem depender da velocidade.

Baleia-de-bico-de-Cuvier: o recorde absoluto

O título de campeã absoluta da categoria de animal que fica mais tempo segurando o folego tempo sem respirar vai para a baleia-de-bico-de-Cuvier. Estudos mostram que esse animal pode ficar submerso por até 3 horas e 42 minutos.

Esse tempo impressionante é possível graças a uma série de adaptações fisiológicas. A baleia possui uma grande capacidade pulmonar, alta concentração de hemoglobina no sangue e altos níveis de mioglobina nos músculos, duas proteínas que armazenam oxigênio.

Durante o mergulho, a baleia reduz drasticamente sua frequência cardíaca e limita a irrigação sanguínea a órgãos vitais. Isso permite que ela explore profundidades extremas em busca de alimento, enfrentando condições de pressão intensa e escuridão total.

Com informações de IFLScience.

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Fonte: Olhar Digital

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