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Reunião do Brics, ameaças tarifárias, IGP-DI, Focus e outros destaques desta 2ª

7 de julho de 2025 - 15:39Líderes do Brics posam em ‘foto de família’ em reunião no Rio de Janeiro (REUTERS/Pilar Olivares)

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A atenção dos investidores nesta segunda-feira (7) está voltada para a reunião do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com a presença de chefes de Estado, o encontro busca fortalecer a agenda de desenvolvimento, com discussões voltadas para saúde, mudanças climáticas e inteligência artificial. A expectativa é por uma declaração conjunta que reafirme o papel do bloco na defesa do multilateralismo, em meio à crescente fragmentação dos sistemas internacionais.

No Brasil, a agenda econômica começa com a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de junho, às 8h, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas ( Ibre/FGV). O indicador mede a variação de preços no atacado, na construção civil e no varejo. Logo depois, às 8h25, o Banco Central publica o Boletim Focus, com as projeções de economistas do mercado para inflação, Produto Interno Bruto (PIB), câmbio e taxa Selic (a taxa básica de juros).

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulga às 11h o Índice de Tendência de Emprego de junho, importante para acompanhar o ritmo do mercado de trabalho americano. Mais tarde, às 17h30, o Federal Reserve publica os saldos de reservas mantidos pelos bancos no sistema.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

O presidente Lula cumpre uma série de compromissos no Rio de Janeiro, em meio à cúpula dos BRICS, parceiros e de engajamento externo. A agenda começa às 8h45, com a tradicional fotografia oficial dos chefes de Estado e de Governo, no MAM (Museu de Arte Moderna). Às 9h, Lula participa da sessão plenária “Meio Ambiente, COP30 e Saúde Global”, também no MAM. Ao meio-dia, ocorre a adoção da Declaração sobre Financiamento Climático e o lançamento da Parceria para a Eliminação das Doenças Socialmente Determinadas.

A partir das 13h, o presidente concede uma declaração à imprensa na sala de coletiva do Vivo Rio. Em seguida, às 14h, participa de um almoço de trabalho com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, novamente no MAM. Às 15h30, Lula marca presença na cerimônia de encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Índia, no Museu do Amanhã. A agenda no Rio se encerra às 17h, com partida para Brasília.

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton De Aquino Santos, participa pela manhã, das 9h às 12h, como palestrante do 3º Encontro Nacional de Auditoria Financeira dos Tribunais de Contas do Brasil (3º ENAF-TC), em Salvador (BA), em evento fechado à imprensa. Já o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, tem audiência às 10h com economistas da Parcitas Gestão de Investimentos — encontro fechado à imprensa. Às 15h, Guillen participa, por videoconferência, de reunião com Claudia Castro, diretora de renda fixa, e Wim Vandenhoeck, gestor de portfólio global de renda fixa da Invesco. A agenda da tarde também será fechada à imprensa.

No exterior, a presidente do BCE, Christine Lagarde, e o conselheiro Piero Cipollone participam da reunião do Eurogrupo em Bruxelas; já Robert Holzmann, também do BCE, concede declarações separadamente.

Brasil

7h – Reunião do Brics

8h – IGP-DI (junho)

8h25 – Boletim Focus

EUA

11h – Índice de Tendência de Emprego (junho)

17h30 – Saldos de reservas com bancos do Federal Reserve

INTERNACIONAL

1º de agosto

O secretário de Tesouro, Scott Bessent, afirmou que para países que não fizerem acordo até 1º de agosto, as tarifas voltarão “como boomerang” para o mesmo nível de 2 de abril. “O presidente Trump vai enviar cartas para alguns de nossos parceiros comerciais dizendo que, se vocês não avançarem nas negociações, então, em 1º de agosto, vocês voltarão ao nível de tarifas de 2 de abril”, disse Bessent no programa “State of the Union” da CNN, segundo a CNBC.

Ameaças tarifárias ao Brics

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que uma tarifa adicional de 10% será cobrada de países que “se alinharem às políticas antiamericanas do BRICS”, sem dar mais detalhes. “Qualquer país que se alinhar às políticas antiamericanas do BRICS pagará uma tarifa ADICIONAL de 10%. Não haverá exceções a essa política”, disse Trump em uma publicação no Truth Social na noite de domingo, nos Estados Unidos.

Pequim e Washington

Pequim e Washington aceleraram a implementação do acordo comercial fechado em Londres no mês passado, informou o Ministério do Comércio da China na sexta-feira (4). Autoridades americanas suspenderam restrições sobre produtos chineses, permitindo a retomada de exportações como software de design de processadores e motores de aeronaves. A medida sinaliza um alívio nas tensões entre as duas maiores economias. Em troca, a China concordou em reduzir restrições às exportações de terras raras. Pequim também está revisando pedidos para exportar itens controlados aos EUA.

ECONOMIA

Recursos

Nelson Barbosa, diretor do BNDES, disse que o Fundo Clima já recebeu US$ 2 bilhões e terá mais US$ 2 bilhões este ano via Tesouro Nacional. Esses recursos financiam projetos de transição energética e descarbonização com taxas concessionais. Ele destacou os desafios das transições climática, demográfica e tecnológica, especialmente para o agro e hidrelétricas. Barbosa defende investimentos na economia dos cuidados e gestão da inteligência artificial. O BNDES também recebeu US$ 1,7 bilhão em financiamentos do Novo Banco de Desenvolvimento.

Aluguel mais caro

Os aluguéis residenciais subiram 1,02% em junho, após recuo de 0,56% em maio, segundo o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) da FGV. No acumulado de 12 meses até junho, a alta foi de 5,54%, abaixo dos 10,66% registrados em junho do ano passado, quando a taxa Selic estava mais baixa. A demanda por compra de imóveis tem sido mais forte que a de locação, mesmo com juros altos. Em São Paulo, os aluguéis tiveram alta de 3,28% em junho, revertendo queda de 6,02% em maio, enquanto no Rio de Janeiro houve retração de 3,23%. Porto Alegre e Belo Horizonte registraram desaceleração e aceleração, respectivamente, nos preços de aluguel.

POLÍTICA

Suspensão

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, suspendeu na sexta-feira o aumento do IOF determinado por decreto do governo, mantendo as alíquotas anteriores. A decisão liminar também barra projeto do Congresso que revogava a medida e provocou alta na Bolsa. Moraes apontou conflito entre Executivo e Legislativo e marcou audiência de conciliação para o dia 15. Após essa reunião, o plenário analisará se mantém a suspensão. Ele ressaltou que o decreto pode ser legítimo, mas há dúvidas sobre sua finalidade arrecadatória.

Elogio 1

A AGU apoiou a decisão de Moraes. O órgão elogiou a proposta de conciliação marcada para 15 de julho e defendeu o diálogo entre os Poderes. Jorge Messias disse que a questão fiscal é dever de todo o Estado, não apenas do Executivo. A decisão atendeu a ações do PL e do Psol e busca preservar a harmonia institucional. Moraes deu cinco dias para Executivo e Congresso justificarem suas medidas.

Elogio 2

O ministro Fernando Haddad, por outro lado, afirmou que a decisão do STF sobre o IOF ajuda a delimitar os poderes de cada instituição, o que considera positivo para o país. Segundo ele, o governo demonstrará que não houve aumento linear, mas correções pontuais.

Posicionamento

O presidente da Câmara, Hugo Motta, negou rompimento com o governo devido ao impasse sobre o IOF e defendeu diálogo após a decisão do STF. Ele afirmou que o Congresso apenas se posicionou contra o aumento de impostos. Motta mostrou apoio a cortes de gastos que preservem os mais pobres e a maior tributação sobre os mais ricos. Também defendeu revisar isenções fiscais. Segundo ele, a proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil será aprovada.

Selic e eleições 2026

O presidente Lula voltou a criticar a taxa Selic, atualmente em 15%, chamando-a de “único número negativo” de seu governo, e afirmou que os juros irão cair com o tempo. Durante evento da Petrobras, ele destacou o momento de estabilidade econômica, com inflação sob controle e dólar a R$ 5,40. Sem citar nomes, disse que herdou o Banco Central com “febre alta”. Lula também sinalizou intenção de disputar a reeleição, indicando que poderá tentar um quarto mandato. “Se preparem”, afirmou, confiante em sua popularidade. Apesar das divergências com o Congresso sobre o IOF, ele disse valorizar o diálogo institucional.

Moeda comercial

O presidente Lula defendeu a criação de um novo modelo de financiamento internacional sem exigências de austeridade, que segundo ele só aumentam a pobreza. Em discurso no encontro do Banco dos Brics, criticou as condicionalidades impostas por instituições financeiras. Lula também reforçou a importância de discutir uma nova moeda de comércio, apesar das dificuldades políticas. Ele afirmou que, sem mudanças, o século XXI pode terminar como começou. Para Lula, é possível um modelo mais justo e inclusivo para o desenvolvimento global.

Escudo de ódio e desinformação

O ministro Alexandre de Moraes criticou duramente as redes sociais por usarem a liberdade de expressão como escudo para disseminar ódio e desinformação. Em painel no Fórum de Lisboa, ele afirmou que a autorregulação das big techs falhou. Moraes defendeu responsabilização legal das plataformas no Brasil e regulação dos algoritmos. Ele citou o papel das redes no ataque de 8 de janeiro e alertou para o poder concentrado nas mãos de poucos. Para o ministro, liberdade deve vir com respeito aos direitos fundamentais.

(Com Agência Brasil, Estadão e Reuters)

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Fonte: InfoMoney

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