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8 benefícios comprovados para saúde ao ler livros físicos

Em um mundo cada vez mais digital, manter o hábito da leitura é um desafio, especialmente com a praticidade dos e-books. Segundo o Instituto Pró-Livro, 75% dos brasileiros leem pelo celular. Mas o que muitos não percebem é que a leitura tradicional, página por página, traz vantagens únicas. Neste artigo, destacamos oito benefícios de ler livros físicos.

Entre os principais benefícios, destaca-se o afastamento das telas e das distrações digitais. Além disso, a prática regular da leitura traz impactos positivos para a saúde mental – algo já comprovado por estudos sobre Biblioterapia. Quer saber mais? Continue a leitura!

Benefícios surpreendentes da leitura em livros físicos

1. Ativa o sistema sensorial tátil

Fala sério, não existe nada melhor do que a sensação de pegar um livro novinho em mãos e começar uma nova leitura, não é mesmo? Não é à toa que a parte sensorial está entre os benefícios de ler livros físicos. Isso porque sentir a textura das páginas durante a leitura pode ajudar na compreensão, uma vez que ativa o sistema sensorial tátil.

Dessa forma, cada leitor consegue criar uma experiência mais envolvente e memorável. Além disso, esse contato físico com o livro estimula áreas do cérebro ligadas à percepção e à memória, o que favorece a retenção do conteúdo lido.

Sem contar que o simples ato de folhear páginas e sentir o papel ajuda a marcar progresso da leitura de forma concreta, o que contribui para a organização mental das informações.

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2. Reduz o estresse

Gato de óculos com um livro nas patas, deitado no sofá
Estudo aponta que seis minutos de leitura já são suficientes para diminuir o estresse em até 68%/ Imagem: Murika /iStock

Ao contrário das telas, que sobrecarregam o cérebro com estímulos visuais e aumentam os níveis de estresse e cortisol, os livros físicos proporcionam um efeito calmante. A experiência tátil da leitura impressa, aliada à ausência de notificações ou luz azul, favorece a concentração e reduz a ansiedade.

Segundo o neuropsicólogo David Lewis, da Universidade de Sussex, apenas seis minutos de leitura já são suficientes para diminuir o estresse em até 68%. Além disso, o estudo em que Lewis participou, revelou que o hábito da leitura supera até atividades como ouvir música ou tomar chá quando o objetivo é relaxar e acalmar a mente.

3. Contribui para dormir melhor

Uma pesquisa publicada no periódico científico Trials, em 2021, demonstrou que ler antes de dormir pode melhorar significativamente a qualidade do sono.

No estudo, 496 participantes foram orientados a ler um livro na cama antes de dormir, enquanto outros 496 não realizaram essa atividade. Após uma semana, 42% dos leitores relataram melhora no sono, em comparação com apenas 28% do grupo que não leu.

Sobretudo, os pesquisadores concluíram que a leitura noturna, especialmente de livros físicos e de ficção, ajuda a relaxar a mente, reduz o estresse e cria uma rotina mental que sinaliza ao corpo que é hora de descansar. Isso favorece um adormecer mais rápido e um sono mais profundo, sem os estímulos visuais e cognitivos provocados por telas.

4. Ajuda na prevenção de Alzheimer e doenças degenerativas

Uma mulher idosa caucasiana, pensionista, avó moderna, lê um livro em casa, usa óculos, pessoa real, espaço para cópia.
Ler livros físicos ajuda a prevenir doenças degenerativas/Shutterstock_Miljan Zivkovic

A leitura regular de livros físicos também traz benefícios a longo prazo. De acordo com especialistas, ler estimula a atividade cerebral e fortalece as conexões neurais, o que contribui para prevenir ou retardar o aparecimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

Segundo o neurologista Paulo Caramelli, da Faculdade de Medicina da UFMG, o hábito de leitura aumenta a reserva cognitiva (capacidade do cérebro de resistir aos danos causados por doenças como o Alzheimer) mantendo as funções mentais por mais tempo.

Além disso, estimula várias áreas do cérebro e fortalece a neuroplasticidade, ajudando na prevenção de doenças como Alzheimer e Parkinson, segundo estudo apresentado no CONEDU.

5. Estimula a empatia

Muito além das páginas! A escolha por ler livros físicos (especialmente obras de ficção literária), pode aumentar a empatia. Isso acontece porque nos coloca no lugar de outras pessoas, permitindo vivenciar emoções, dilemas e perspectivas diferentes das nossas.

Afinal, ao se envolver profundamente com personagens e narrativas, o leitor ativa áreas do cérebro ligadas à compreensão emocional e à teoria da mente – a habilidade de entender os sentimentos e intenções dos outros. Ou seja, ao “viver outras vidas” por meio da leitura, desenvolvemos uma maior sensibilidade às experiências humanas, o que é, na essência: empatia!

6. Aprimora o entendimento e a linguagem

De acordo com um estudo de 2019, conduzido por Falk Huettig e Martin Pickering, publicado na revista Trends in Cognitive Sciences, a leitura vai além da compreensão de textos escritos: ela também aprimora a capacidade de prever e compreender a linguagem falada.

Deste modo, os autores explicam que leitores habituais desenvolvem representações linguísticas a mais, fortalecendo os mecanismos cerebrais responsáveis pela antecipação de palavras e estruturas durante a escuta.

A partir daí, essa habilidade preditiva, segundo os pesquisadores, é treinada pela leitura porque o ambiente textual oferece estabilidade e exige processamento rápido, estimulando o cérebro a antecipar informações. Isso faz com que leitores experientes compreendam melhor a linguagem falada por conseguirem prever com mais precisão o que será dito.

7. Fortalece a saúde mental

Um homem idoso lendo um livro no quintal em um dia claro e bonito, pacificamente com café ao lado dele em uma pequena mesa, tudo lindamente estampado ao seu redor.
A leitura de livros físicos estimula a empatia/Shutterstock AI

Você já ouviu falar de Biblioterapia? Nada mais é do que uma técnica terapêutica que utiliza a leitura de livros e outros materiais de leitura como ferramenta para auxiliar no tratamento de problemas mentais e emocionais.

Para se ter ideia, existe até livro sobre o assunto, como o livro “Quintais da Biblioterapia”, organizado por Cris Seixas, compila relatos e vivências de 22 profissionais que exploram diferentes formas de aplicar a leitura como recurso de cuidado emocional.

Um estudo sobre o assunto foi publicado na Revista Digital Universitaria da UNAM, reforçando a eficácia da biblioterapia como ferramenta complementar no restabelecimento emocional de pessoas que enfrentam transtornos mentais.

Segundo os autores, a prática da leitura estimula o autoconhecimento, favorece a expressão de sentimentos e contribui para a reorganização interna do indivíduo, promovendo alívio emocional e fortalecimento psicológico.

8. Oferece maior experiência imersiva

Ao folhear páginas, em vez de encarar uma tela cheia de notificações, a leitura no livro físico se torna naturalmente mais imersiva. Assim, o ritmo é contínuo, sem interrupções, favorecendo maior concentração, o que é excelente para o cérebro.

Segundo o neurologista Ivan Izquierdo, citado em artigo da Folha BV, a leitura é uma das atividades mais completas para o cérebro, pois envolve uma varredura rápida e intensa de palavras e significados, ativando diversas regiões cerebrais ao mesmo tempo.

Sobretudo, com o foco estimulado, a compreensão e o prazer aumentam. Essa atenção plena cria o ambiente ideal para a imaginação transformar palavras em personagens e fortalecer a conexão emocional com a narrativa. É nesse envolvimento profundo que redescobrimos o prazer de virar páginas. Então, que tal experimentar o encanto único de um bom livro físico a partir de agora?

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Fonte: Olhar Digital

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