Foto: Divulgação | Aura Minerals
A Aura Minerals (AURA33) divulgou nesta quinta-feira (4) sua produção consolidada do segundo trimestre de 2025, totalizando 64,0 mil GEOs (equivalente de ouro), número em linha com o desempenho do mesmo período do ano passado e 6% acima das estimativas da XP Investimentos.
A XP Investimentos considera o resultado como um passo importante na trajetória operacional da mineradora, especialmente pela primeira produção de ouro na unidade de Borborema, no Rio Grande do Norte. O banco segue com recomendação otimista para os papéis da companhia, avaliando que o segundo semestre deve manter a tendência de geração de valor.
Segundo relatório da corretora, o desempenho foi puxado por surpresas positivas em unidades como EPP (Ernesto/Pau-a-Pique) e San Andrés, que apresentaram produções acima do esperado em 15% e 4%, respectivamente, na comparação com as estimativas internas.
A produção em Almas também apresentou avanço de 22% em relação ao mesmo período do ano passado, após a troca de empreiteira no primeiro semestre. A unidade opera agora com melhor desempenho de mina e taxas de processamento mais elevadas.
A produção inicial de Borborema, que atingiu 2,6 mil GEOs após a primeira fundição de ouro, também foi bem recebida. A Aura informou que o projeto segue dentro do cronograma para alcançar a produção comercial até o fim do terceiro trimestre. A XP vê essa frente como um novo motor de crescimento, especialmente por estar atrelada a um projeto considerado de alto retorno.
Aranzazu, unidade de mineração localizada no México, apresentou leve queda de 10% na produção total em relação ao mesmo trimestre de 2024, encerrando o período com 22,3 mil GEOs. Apesar do recuo, a produção a preços constantes avançou 15% na base anual, devido à conversão de cobre para ouro. Já San Andrés, em Honduras, produziu 18 mil GEOs, uma leve queda anual de 6%, mas que veio acima das expectativas da XP.
No Brasil, a unidade de EPP atingiu 8,9 mil GEOs, o que representa queda de 17% em relação ao segundo trimestre do ano passado. A XP diz que a retração já era esperada em função do foco da empresa na preparação de novas frentes de lavra, como Nosde e Lavrinhas. O desempenho ficou acima das estimativas da corretora, que enxergou a operação com viés positivo. A produção em Almas foi de 12,9 mil GEOs, e ficou apenas 4% abaixo da expectativa da corretora, mas ainda assim contribuiu para o resultado trimestral positivo.
Em relatório assinado por sua equipe de análise, a XP reforça a recomendação de compra para os ativos da Aura. A corretora aponta três principais fundamentos: a valorização do ouro no mercado internacional, com riscos geopolíticos elevados favorecendo o ativo; o foco da mineradora em projetos de retorno elevado e conversão de recursos em reservas; e a preparação para uma oferta pública nos Estados Unidos que deve melhorar a liquidez das ações.
Produção de ouro da Aura Minerals no 2º trimestre deste ano
| Unidade | Produção (kGEO) | Variação anual (A/A) | Diferença em relação à XP (%) | O que a XP analisou |
|---|---|---|---|---|
| Borborema | 2,6 | Nova produção | — | Primeira fundição de ouro, produção comercial prevista para o final do 3T25 |
| Almas | 12,9 | +22% | -4% | Aumento devido a maiores taxas de processamento e melhora após troca de empreiteira |
| San Andrés | 18,0 | -6% | +4% | Queda esperada, produção superou estimativas da XP |
| EPP | 8,9 | -17% | +15% | Foco na pré-decapagem e avanço em novas áreas de mineração |
| Aranzazu | 22,3 | -10% | -2% | Queda na produção, conversão de cobre para ouro aumentou produção a preços constantes |
| Total geral | 64,0 | Estável | +6% | Produção total acima das estimativas da XP |
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Fonte: InfoMoney
