O governo federal tomou a decisão de deixar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fora da meta fiscal, uma medida que está sendo vista como uma escolha política com potenciais impactos na credibilidade fiscal do país.
Segundo a analista de Economia da CNN Thais Herédia esta decisão é mais um exemplo das escolhas políticas que o governo tem feito para lidar com o desequilíbrio das contas públicas. Herédia ressalta que, embora exista uma preocupação legítima com a situação dos aposentados, é crucial que as soluções propostas façam sentido do ponto de vista econômico.
Impacto na credibilidade fiscal
A analista argumenta que a credibilidade fiscal do governo fica “arranhada” com decisões como esta. Ela cita outras medidas recentes, como o IOF, o programa “Pé de Meia”, e o “Gás para Todos”, como exemplos de gastos que estão sendo realizados fora do orçamento, dificultando a compreensão de como estes comprometem as finanças públicas.
Herédia faz referência a uma análise do economista Gabriel Barros, da ARX Investimentos, que afirma: “O gabarito da política fiscal é a dívida pública, e ela continua subindo”. Esta declaração sugere que, se o indicador principal da saúde fiscal do país está mostrando sinais negativos, torna-se difícil defender as escolhas econômicas do governo.
A decisão de excluir o INSS da meta fiscal levanta questões sobre a estratégia do governo para equilibrar as contas públicas e manter a confiança dos investidores. Especialistas alertam que medidas que contornam o orçamento podem ter consequências de longo prazo para a economia brasileira, afetando a percepção de risco do país e potencialmente impactando investimentos futuros.
Fonte: CNN Brasil