O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, reconheceu nesta quinta-feira (19) que sua equipe terá um grande desafio pela frente nas quartas de final do Mundial de Clubes, quando enfrentará o Chelsea.
Em entrevista coletiva, o português foi direto ao apontar o favoritismo dos ingleses, destacando ainda a situação peculiar do jovem Estêvão, de 18 anos, que jogará contra o clube que defenderá após o torneio.
“Dizer que o Chelsea é melhor do que o Palmeiras é apenas ser realista. Eles vieram aqui e compraram o nosso melhor jogador. O que mais posso dizer? Mas ninguém joga sozinho no meu time. Corremos, lutamos, sofremos e vencemos uns pelos outros”, disse Abel.
Contratado pelo Chelsea no ano passado por 34 milhões de euros, com bônus que podem elevar o valor a 67 milhões, Estevão ainda busca seu primeiro gol ou assistência no torneio. O jovem admitiu que vive dias de emoções mistas: “Tem sido difícil equilibrar os sentimentos de jogar minhas últimas partidas pelo Palmeiras e ao mesmo tempo pensar no meu futuro no Chelsea.”
Abel comparou o atacante a Pedro Neto, hoje no próprio Chelsea e seu ex-comandado no Braga. “É um menino espetacular. Canhoto, versátil, com características muito semelhantes ao Pedro. Desejo o melhor para ele, só não amanhã”, brincou.
Mesmo com a transferência iminente, o treinador garantiu o comprometimento do camisa 41:
“Enquanto estiver conosco, ele tem tarefas e compromissos a cumprir. Depois estará livre para se apresentar ao Chelsea. Até lá, vai dar o melhor de si, e não há forma melhor de se despedir do que nos ajudando neste Mundial.”
O Chelsea, atual campeão da Conference League, chega como favorito ao confronto que será disputado no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, mesmo com a ausência do volante Moisés Caicedo, suspenso.
Do outro lado, o Palmeiras aposta na força coletiva e na inspiração de Estevão para surpreender, assim como fizeram Al Hilal e Fluminense ao eliminarem Manchester City e Inter de Milão, respectivamente, nas oitavas de final.
“O fato de o Chelsea ser favorito não significa que não temos nossas armas e ambição. Temos que enfrentá-los dentro das nossas possibilidades, da nossa estratégia, do nosso plano de jogo”, concluiu Abel Ferreira.
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Fonte: CNN Brasil