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Republicanos da Câmara levam pacote fiscal de Trump para votação final

Os republicanos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos avançaram com o projeto de corte de impostos de Donald Trump, chamado de “One Big Beautiful Bill”, para uma votação final de sim ou não na manhã desta quinta-feira (3), aparentando ter superado as divisões internas do partido.

Após um dia de reuniões a portas fechadas no Capitólio e na Casa Branca, os legisladores superaram um último obstáculo necessário para iniciar o debate sobre o projeto em uma votação de 219 a 213, por volta das 4h30, no horário de Brasília. Os legisladores reabriram o debate para uma votação final, prevista para iniciar às 5h30.

A votação anterior foi mantida aberta por sete horas na quarta-feira (2), dando a Trump e ao presidente da Câmara, Mike Johnson, tempo para convencer os resistentes a apoiar o projeto de lei assinado pelo presidente.

Johnson havia expressado otimismo na noite de quarta, dizendo que os legisladores tiveram um “dia longo e produtivo” discutindo as questões. Após a votação, ele elogiou Trump por fazer ligações telefônicas para os resistentes até as primeiras horas da manhã de quinta-feira.

“Não poderia haver um presidente mais engajado e envolvido”, disse Johnson a repórteres.

O Senado aprovou a legislação, que, segundo analistas apartidários, adicionará US$ 3,4 trilhões à dívida de US$ 36,2 trilhões do país na próxima década, pela menor margem possível na terça-feira (1°), após um intenso debate sobre o alto custo do projeto e os US$ 900 milhões em cortes no programa de saúde Medicaid para americanos de baixa renda.

Democratas na oposição

Com uma maioria apertada de 220 a 212, os republicanos não podem ter mais de três deserções para que o projeto final seja aprovado.

Os democratas estão unidos na oposição ao projeto, afirmando que suas isenções fiscais beneficiam desproporcionalmente os ricos, enquanto cortam serviços que os americanos de classe baixa e média dependem.

O Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, estimou que quase 12 milhões de pessoas podem perder o plano de saúde como resultado do projeto.

“Este projeto de lei é catastrófico. Não é política, é punição”, disse o deputado democrata Jim McGovern em debate no plenário da Câmara.

Os republicanos no Congresso têm lutado para se manter unidos nos últimos anos, mas também não desafiaram Trump desde que ele retornou à Casa Branca em janeiro.

Quaisquer mudanças feitas pela Câmara exigiriam outra votação no Senado, o que tornaria praticamente impossível cumprir o prazo de 4 de julho.

A legislação contém a maioria das principais prioridades de Trump, desde cortes de impostos até a fiscalização da imigração.

O projeto de lei estenderia os cortes de impostos de Trump de 2017, cortaria programas de saúde e segurança alimentar, financiaria a repressão à imigração de Trump e zeraria muitos incentivos para energia verde.

Também inclui um aumento de US$ 5 trilhões no teto da dívida do país, que os legisladores devem abordar nos próximos meses ou correr o risco de um calote devastador.

Os cortes no Medicaid também levantaram preocupações entre alguns republicanos, levando o Senado a reservar mais verbas para hospitais rurais.

Fonte: CNN Brasil

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