O presidente Donald Trump afirmou ter fechado um acordo comercial com o Vietnã, após semanas de intensa diplomacia entre os dois países e às vésperas de um prazo, na próxima semana, que poderia resultar na imposição de tarifas mais altas sobre as importações do país.
“Acabei de fechar um acordo comercial com o Vietnã. Detalhes em breve”, disse Trump em uma postagem no Truth Social nesta quarta-feira (2).
O acordo com o Vietnã é apenas o terceiro anunciado, após entendimentos com o Reino Unido e a China, enquanto parceiros comerciais correm para fechar acordos com os EUA antes do prazo de 9 de julho.
Trump havia imposto uma tarifa de 46% sobre o Vietnã como parte de sua implementação inicial das chamadas tarifas recíprocas no início de abril, mas depois reduziu para 10% para dar tempo às negociações.
O país do sudeste asiático viu suas vendas para os mercados dos EUA dispararem nos últimos anos, em parte porque fabricantes transferiram a produção da China para lá. O Vietnã é um grande fornecedor de têxteis e artigos esportivos, abrigando fábricas de empresas como Nike, Gap e Lululemon. No ano passado, o Vietnã foi o sexto maior fornecedor de importações dos EUA, enviando mercadorias no valor de quase US$ 137 bilhões, segundo dados do Census Bureau.
O acordo com o Vietnã foi fechado após semanas de discussões, durante as quais os EUA pressionaram o país a agir com mais rigor contra fraudes comerciais, garantir uma fiscalização mais rígida contra o transbordo de produtos chineses e também a eliminar barreiras não tarifárias.
O Vietnã se comprometeu a remover todas as tarifas e prometeu repetidamente comprar mais produtos americanos. Altos funcionários vietnamitas viajaram aos EUA para buscar apoio e assinar acordos, incluindo US$ 3 bilhões em produtos agrícolas. O ministro do Comércio também buscou o apoio de executivos da Nike, Gap e outros para incentivar o engajamento nas negociações.
Marcas correram para transferir a produção para o Vietnã na última década, à medida que as tensões entre EUA e China aumentaram. Essa mudança industrial da China para o Vietnã também ajudou a criar o grande déficit comercial que tornou o país um alvo prioritário das tarifas de Trump.
No ano passado, o superávit comercial do Vietnã com os EUA foi o terceiro maior do mundo, atrás apenas da China e do México. Em maio, os embarques saltaram 35%, à medida que as empresas tentavam despachar mercadorias o mais rápido possível antes do prazo.
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Fonte: InfoMoney
