Não há dúvida sobre os benefícios de se ter um animal de estimação. E aqui não estou falando especificamente de gatos ou cachorros. Ou hamsters. Isso vale para qualquer bichinho com o qual você cria um laço afetivo.
No meu caso, sou tutor de dois gatos: Tubaína e Catuaba. E posso falar, por experiência própria, o quanto eles fazem bem para mim. São companhia certa nos momentos bons e ruins. Dormem junto comigo todas as noites. Pedem carinho todos os dias e são extremamente inteligentes. E companheiros.
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Tudo isso que falei é empírico, ou seja, uma opinião fundamentada pela minha própria experiência. Mas o que será que diz a ciência sobre esse tema? Será que os gatos fazem realmente bem para a nossa saúde física e mental? Será que o ronronar deles tem realmente alguma função terapêutica?
O Olhar Digital fez uma série de pesquisas e separou alguns artigos científicos que confirmam a sabedoria popular: ter um gatinho faz bem para a gente.

Estudos e mais estudos
- Pesquisadores holandeses demonstraram que ter um felino causa uma grande sensação de bem-estar.
- Para chegar a essa conclusão, eles ouviram quase 2 mil tutores de gatos nos Países Baixos.
- 50% dos entrevistados disseram que viam seus pets como familiares e outros 33% afirmaram que os consideravam filhos ou amigos.
- Para os pesquisadores, o bem-estar está diretamente relacionado a esse laço que os tutores criaram.
- Ao considerar o bichano um membro da sua família, cuidar dele dá uma sensação de propósito, além de diminuir o isolamento social.
- Especialistas da Universidade de Lincoln (no Reino Unido) também publicaram um artigo com conclusões semelhantes.
- Segundo eles, o vínculo entre as duas partes é real – e os gatos também acabam se tornando dependentes.
- Na área da saúde física, biólogos americanos associaram a presença de pets a uma redução do estresse e da pressão arterial.
- Isso, por consequência, pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
- Os estudiosos trabalharam com uma amostra de quase 4.500 participantes.
- Desse total, pouco mais da metade tinham pets – e foram justamente essas pessoas que tiveram índices melhores de pressão arterial.

Os gatos e a saúde mental
Cientistas suíços colocaram essa relação em um artigo na revista Anthrozoös. Segundo eles, para pessoas com depressão, acariciar ou brincar com seu bichano demonstrou reduzir os sintomas.
É verdade que essa redução foi momentânea e durou cerca de 2 horas apenas. Mas não deixa de ser impressionante: os gatos realmente ajudam a tratar essas síndromes.
Os mesmos pesquisadores, no entanto, fazem um alerta. Afirmam que o apego em excesso pode ter suas desvantagens. Se seu gato ficar doente, por exemplo, o fardo de cuidar dele pode ter um impacto negativo em sua saúde mental.
Há ainda outros estudos que falam sobre o ronronar dos felinos. E aqui é ciência também. Pesquisas recentes revelaram que a frequência do ronronar, geralmente entre 25 e 150 hertz, pode ter efeitos terapêuticos reais sobre o corpo e a mente, promovendo benefícios físicos e emocionais para quem convive com gatinhos.

Estudos também indicam que essas vibrações podem promover a regeneração das células ósseas e aumentar a densidade óssea, sendo úteis no tratamento de fraturas e problemas nas articulações.
O som contínuo e repetitivo do ronronar tem ainda uma qualidade meditativa, promovendo a redução da ansiedade e a sensação de bem-estar.
Nossa responsabilidade
Sim, os gatos podem trazer todos esses benefícios que listamos acima. Agora, devemos entender que nós, como tutores, também devemos fazer a nossa parte.
Se você tem um felino em casa (ou um cachorro), você deve cuidar dele. E isso significa ter uma série de gastos regulares, com ração, com vacinas, visitas ao veterinário e até mesmo a compra de brinquedos ou de itens que tornem a casa mais divertida e segura para o seu pet (por exemplo, a instalação de telas em apartamentos).
No mais, o tutor deve assumir um compromisso emocional – pois, acredite, seu bichinho também ficará dependente de você. Adotar (ou comprar) um gato é uma responsabilidade a longo prazo, que exige dedicação e planejamento.
E, se puder, adote. Fará uma grande diferença na vida do bichano e na sua também.

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 31/10/2024.
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Fonte: Olhar Digital