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Orbán, da Hungria, acusa UE de orquestrar “repulsiva” Parada do Orgulho

Orbán, da Hungria, acusa UE de orquestrar “repulsiva” Parada do Orgulho

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, classificou a Parada do Orgulho de sábado como “repulsiva e vergonhosa”, acusando a União Europeia de orientar políticos da oposição a organizar o evento, que se transformou em um protesto antigovernamental, informou a mídia local neste domingo.

A marcha em Budapeste para LGBTQ+ se transformou em uma das maiores demonstrações de oposição a Orbán nos últimos anos, quando cerca de 100.000 participantes desafiaram a proibição da polícia e ameaças de multas para participar da manifestação.

Falando em um grupo online fechado para seus apoiadores chamado Clube da Luta neste domingo, Orbán disse que os políticos da oposição instruídos por “Bruxelas” haviam convocado seus eleitores a participar do evento em grande número, de acordo com a agência de notícias local Index.

“Desde ontem, estamos ainda mais certos de que essas pessoas [políticos de oposição] não podem se aproximar do comando do governo. E nós não permitiremos”, disse Orbán a seus partidários, segundo o Index.

Ele não apresentou nenhuma evidência para seus comentários. Mas o evento foi organizado pelo município de Budapeste, liderado pelo prefeito Gergely Karacsony, e o governo de Orbán o acusa de ser um “fantoche” de Bruxelas durante anos.

A Reuters entrou em contato com os organizadores da parada e com a prefeitura, mas eles não responderam imediatamente.

A Comissão Europeia se recusou a comentar as declarações de Orbán.

O primeiro-ministro disse a seus apoiadores que considerou os eventos da Parada do Orgulho “repulsivos e vergonhosos”, mencionando especificamente um show de drag queen, homens usando salto alto e panfletos sobre terapias hormonais.

A marcha foi proibida com base em uma lei aprovada em março que permite a proibição de paradas do Orgulho, citando a necessidade de proteger as crianças.

Os oponentes de Orbán veem a proibição como parte de uma repressão mais ampla às liberdades democráticas antes das eleições nacionais do próximo ano, quando o veterano primeiro-ministro — cujo partido domina o cenário político da Hungria há 15 anos — enfrentará um forte adversário.

Na sexta-feira, Orbán disse que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que na semana pediu às autoridades húngaras que permitissem a realização da Parada do Orgulho, considerava a Hungria “como um país subordinado” e comparou sua mensagem ao recebimento de ordens de Moscou na época do comunismo.

A Reuters não pôde confirmar de forma independente o conteúdo da mensagem do primeiro-ministro citada pelo Index. Um porta-voz do governo não respondeu imediatamente às perguntas da Reuters sobre a autenticidade da reportagem.

O governo de Orbán, que promove uma agenda conservadora cristã, reduziu gradualmente os direitos da comunidade LGBTQ+ na última década. Seu governo defende as restrições dizendo que a necessidade de proteger as crianças supera todos os outros direitos.

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Fonte: InfoMoney

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