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“Magia do assessor é ter liberdade de decisão”, diz ex-bancário e CEO da Veedha

“Magia do assessor é ter liberdade de decisão”, diz ex-bancário e CEO da Veedha

A sua primeira opção quando fez o ensino médio era entrar na faculdade de Direito. Ricardo Marcatti admirava a sustentação oral empregada por advogados e procuradores na defesa de suas teses.

Mas uma professora o sugeriu de fazer Economia porque achava que ele tinha opiniões claras sobre o assunto. “Fiz, então, vestibular para Economia e Direito e acabei optando por Economia”, diz. A escolha foi muito baseada nas melhores condições financeiras oferecidas na carreira de economista.

No terceiro para o quarto ano de faculdade, foi estagiar em um banco. “Comecei como estagiário na área de planejamento e controle, mas acabei me candidatando para uma vaga de assistente comercial do private banking e aí fui para lá. Deu certo”, conta.

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Comercial

“Naquela época eu tinha percepção que possuía mais aptidões comerciais do que analíticas e, por isso, a escolha em trocar de área”, explica.

“Era um mercado completamente diferente, com muito menos produto e sofisticação que é hoje”, ressalta.

Passados três anos, acabou mudando de banco. “Foi aí que descobri que o importante não é vender produto, mas construir uma relação mais próxima com o cliente, entender o horizonte dele, o seu perfil, ter sensibilidade para saber o que quer”, relata.

Ricardo tornou-se diretor de private banking da instituição financeira. “Minha carreira estava consolidada”, recorda. Bancário, começou a perceber, no entanto, uma mudança forte no mercado em que atuava nas conversas que tinha com colegas do setor.

“Falava-se muito de um universo mais de independência, onde a gente estaria mais ligada ao cliente do que a instituição”, pontua. Decidiu então sair do banco para construir uma carreira de empreendedor, com todos os desafios pela frente. Assim, abriu um escritório de investimentos, a Veedha, em março de 2017 com mais seis sócios.

“Ser empreendedor não é só ser bom assessor, mas construir uma empresa do zero com marketing, recursos humanos, jurídico, financeiro, contratar, expandir, controlar o caixa”, enumera.

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Entre os melhores

Hoje, Ricardo Marcatti, CEO da Veedha, tem sob gestão R$ 700 milhões e a empresa, R$ 11 bilhões. Ele figura também no Top 100 de assessores da rede XP.

“O assessor que quer estar no Top 100 tem que ser um profissional de mente aberta, rápido para tomar decisão, mudar processo, voltar atrás. Está tudo mudando a todo tempo. Não pode ser resistente”, afirma.

“A grande magia do assessor independente vinculado a um escritório é que ele tem um poder de decisão maior e liberdade de decisão. Se for rápido, antenado, a gente consegue navegar com as mudanças do mercado”, compara ele com a antiga vida em que trabalhava em bancos.

O CEO aponta que quando abriu a empresa, neste segmento só se falava em investimento e assessoria de pessoa física. “Em 2018 e 2019, a gente começou a ter uma mudança de comportamento do investidor. Foi a primeira vez que os juros no Brasil foram para um patamar muito baixo e passamos a falar de produtos que não eram do conhecimento do cliente, como private equity, investimento alternativo, investimento de longo prazo”, conta.

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Mudança do setor

Depois disso, ele lembra que começou a agregar um cross sell de produtos muito grande. “Hoje, a gente não fala só de investimento com cliente, mas de câmbio, crédito, seguro, investimento no exterior, modelo de consultoria, carteira administrada. A capacidade do assessor de cuidar de vários temas e não só investimentos mudou nesses últimos anos”, afirma.

Ele acha que a profissão continua em mudança. “Vi vários bons assessores não crescerem por não acreditaram ou serem resistentes às mudanças nos últimos oito anos no setor”, diz.

Para Ricardo, o acesso à informação fez as pessoas mudarem seu pensamento sobre os investimentos, mas também criou problemas. “As informações chegando muito rápido na internet acaba às vezes assuntando mais o investidor”, afirma. Com isso, ele acha o investidor ficou muito suscetível a tomar uma decisão errada.

“Mais do que nunca se tornou importante o investidor ter um assessor de confiança com quem possa construir um relacionamento, para ajudar na tomada de decisão de investimentos”, avalia. Para Ricardo, é a construção de relacionamentos que se diferencia no mercado.

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Fonte: InfoMoney

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