Em 26 de setembro de 2022, o impacto da espaçonave DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo), da NASA, com um sistema binário de asteroides foi um grande marco para a astronomia.
Lançada em novembro do ano anterior rumo a Didymos, uma rocha espacial de 780 metros de diâmetro, e sua pequena lua Dimorphos, quase cinco vezes menor, a missão, gerenciada pelo Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins (APL), da Universidade John Hopkins, representou uma nova e audaciosa abordagem para defender a Terra de asteroides perigosos.

Exatamente conforme o planejado, a espaçonave conseguiu se chocar com Dimorphos a cerca de 24 mil km/h, na tentativa de alterar a trajetória do corpo celeste – o que se confirmou mais tarde ter sido realizado com sucesso.
Embora nem Dimorphos nem Didymos estivessem em rota de colisão com a Terra, o procedimento foi um teste de defesa planetária por meio da técnica do impacto cinético, um método que poderá, eventualmente, nos proteger do ataque de outro objeto que possa oferecer algum risco em potencial.

Olhar Espacial recebe brasileiro que participou da missão DART
Para conhecer detalhes dessa missão inédita e saber todas as novidades sobre o tema e o que os estudos pós-impacto vêm revelando, não perca o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (27).
O convidado desta noite é Gustavo Oliveira Madeira, cientista brasileiro que fez parte da equipe DART e atualmente é membro da missão Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA) – uma espécie de “continuidade” da missão norte-americana, que vai conduzir pesquisas detalhadas in loco em Dimorphos e Didymos, com foco especial na cratera deixada pela colisão da espaçonave e uma medição precisa da massa do asteroide atingido.

Doutor em Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), com pós-doutorado no Institut de Physique du Globe de Paris, na França, ele atualmente é pesquisador adjunto do Observatório Nacional (ON).
Sua pesquisa busca contribuir para a compreensão da formação, evolução e composição dos objetos do Sistema Solar, bem como daqueles em sistemas exoplanetários. Com uma base sólida no estudo da origem e dinâmica de satélites, anéis e corpos menores, Madeira teve suas contribuições para a área reconhecidas com o Prêmio Wagner Sessin em Astronomia Dinâmica e Planetária e o Prêmio de Melhor Tese da Unesp, em 2024.
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Como assistir ao Programa Olhar Espacial
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.
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Fonte: Olhar Digital