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Inflação nos EUA, taxa de desemprego no Brasil, Haddad, Guillen e mais destaques

Inflação nos EUA, taxa de desemprego no Brasil, Haddad, Guillen e mais destaques

A agenda econômica desta sexta-feira (27) traz dados importantes para monitorar a evolução das economias brasileira e americana. No Brasil, às 8h, serão divulgados o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) e a pesquisa de confiança do setor de serviços, ambos relativos a junho. Às 8h30, o Banco Central publicará os dados de maio sobre juros e spread bancário, que indicam o custo do crédito e a diferença entre as taxas pagas pelos bancos e as cobradas dos clientes. Às 9h, serão divulgados a taxa de desemprego e o relatório da dívida pública, também referentes a maio.

Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), que mede a inflação ao consumidor e é acompanhado de perto pelo Federal Reserve, será divulgado às 9h30. Às 11h, sai a pesquisa de confiança do consumidor de junho, que avalia a percepção das famílias sobre a economia e influencia decisões de consumo e investimento.

Os investidores também devem repercutir o anúncio da véspera do presidente norte-americano, Donald Trump, de que os Estados Unidos assinaram um acordo comercial com a China na quarta-feira.

O que vai mexer com o mercado nesta sexta

Agenda

Às 14h30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista ao vivo ao jornal GloboNews.

O presidente Lula participa às 11h30 da Cerimônia de Entrega de Títulos de Regularização Fundiária e de Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica entre Governo Federal e Estado do Tocantins.

Já o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, participa na manhã desta quinta-feira, das 11h10 às 11h50, do evento Barclays Day in Brazil, em São Paulo. A participação será aberta à imprensa, tanto presencialmente quanto por transmissão.

No exterior, às 8h30, o membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), Williams, fará um discurso. Já às 10h15, o governador do Federal Reserve (Fed), Cook, também terá uma fala programada.

Brasil

8h – IGP-M (junho)

8h – Confiança de serviços (junho)

8h30 – Juros/spread (maio)

9h – Taxa de desemprego (maio)

9h – Dívida Pública (maio)

EUA

8h30 – Discurso de Williams, membro do FOMC

9h30 – Índice PCE (maio)

10h15 – Discurso de Cook, governador do Fed

11h – Confiança do consumidor (junho)

INTERNACIONAL

EUA e China

Donald Trump afirmou na quinta-feira que EUA e China “assinaram” um acordo comercial, sem fornecer detalhes. Segundo reportagens da mídia, os dois países concordaram em implementar a trégua tarifária acertada em Genebra.

Nada confirmado

A Casa Branca afirmou na quinta-feira (26) que ainda não há decisão iminente sobre a sucessão de Jerome Powell no comando do Federal Reserve (Fed), rebatendo rumores de que Donald Trump poderia antecipar a indicação do próximo presidente do banco central americano. Segundo o Financial Times, o desmentido ocorre após o Wall Street Journal noticiar que Trump considera anunciar um nome ainda neste ano. O mandato de Powell termina apenas em maio de 2026.

ECONOMIA

Medida pontual

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na quinta-feira (26) que a realização simultânea de dois leilões cambiais na véspera foi uma medida pontual, sem alteração na política cambial da instituição. Em coletiva após a divulgação do Relatório de Política Monetária, ele explicou que o BC tem monitorado o cupom cambial e agido de forma reativa às condições de mercado. Na quarta-feira, a autarquia vendeu US$ 1 bilhão no mercado à vista e, ao mesmo tempo, comprou o equivalente no mercado futuro por meio de 20 mil contratos de swap reverso, totalizando US$ 1 bilhão.

Déficit primário

O Governo Central registrou déficit primário de R$ 40,6 bilhões em maio, após superávit de R$ 17,8 bilhões em abril. Apesar do saldo negativo, foi o melhor resultado para o mês desde 2021. No acumulado do ano até maio, o governo soma superávit de R$ 32,2 bilhões, acima dos R$ 28,6 bilhões de 2023. As receitas subiram 4,7% em maio, enquanto as despesas caíram 7,6% na comparação anual. Em 12 meses, o superávit é de R$ 18,1 bilhões, ou 0,15% do PIB. Para este ano, o governo busca equilíbrio fiscal, com tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou menos.

POLÍTICA

Emendas

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta sexta-feira uma audiência pública sobre a obrigatoriedade de execução de emendas parlamentares. O evento contará com a participação dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que devem fazer uma defesa das verbas indicadas pelo Legislativo.

A audiência foi marcada pelo ministro Flávio Dino, relator no STF de uma série de ações que discutem as regras das emendas. Desde o ano passado, Dino tem proferido diversas decisões restringindo o pagamento de recursos e exigindo transparências, o que causou irritação no Congresso.

Momento oportuno

O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou nesta quinta-feira (26) que a resposta à derrubada dos decretos do IOF será técnica e dada no momento oportuno. A declaração vem após o Congresso revogar, com ampla maioria, as medidas do Executivo que aumentavam as alíquotas do imposto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou a decisão como inconstitucional e cogita recorrer ao STF.

Ligação

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), avisou que pretende ligar para Lula após impor à gestão petista a maior derrota no Congresso. Foi ele o responsável por articula a votação relâmpago que derrubou o aumento do IOF, impactando em R$ 10 bilhões na arrecadação. Motta sinalizou a ministros que não deseja romper com o governo, mas cobrou mudanças na articulação política. A decisão surpreendeu o Planalto, que esperava votar o tema só após o recesso. O gesto de Motta visa amenizar a tensão com o Executivo. Lula já foi informado da iniciativa, mas ainda não há data para o contato.

Três caminhos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo avalia três caminhos para compensar a perda de R$ 12 bilhões com a derrubada dos decretos do IOF: criar novas fontes de receita, ampliar cortes de gastos sociais ou recorrer ao STF. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele mencionou a taxação de dividendos e receitas do petróleo como possibilidades. Caso contrário, o contingenciamento pode chegar a R$ 42 bilhões, afetando áreas como saúde, educação e habitação. Haddad disse ainda que o Congresso rompeu um acordo, e classificou a decisão como inconstitucional, mas reafirmou o compromisso do governo com a justiça tributária.

Responsabilização das redes

Por 8 votos a 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (26) que as plataformas que operam as redes sociais devem ser responsabilizadas diretamente pelas postagens ilegais feitas por seus usuários.

Inerentemente política

O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou à CNN que a crise entre Executivo e Legislativo sobre a elevação do IOF é “inerentemente política”, mas reconheceu que há precedentes que permitiriam uma contestação judicial. Para ele, o ideal seria uma solução negociada, como a sinalizada em torno de uma minirreforma fiscal. Gilmar disse que é “inevitável” que impasses políticos acabem no Supremo, mas criticou acusações de que a Corte invade competências de outros Poderes. Segundo o ministro, o STF só age quando há questões com relevância constitucional.

Benefícios tributários

Haddad informou que o projeto de corte de 10% nos benefícios tributários será enviado ao Congresso até agosto. A medida deve arrecadar entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões, abaixo do previsto inicialmente. Sem apoio para uma PEC, o governo optou por um projeto de lei complementar. Haddad reconheceu as dificuldades técnicas para aplicar cortes lineares, já que há muitos regimes especiais. O foco será em incentivos para empresas, deixando de fora pessoas físicas. O Simples e benefícios constitucionais também não serão atingidos pela proposta.

Depoimento

Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid negou ser o autor de mensagens enviadas por um perfil falso no Instagram e acusou aliados de Jair Bolsonaro de tentar sabotar sua delação. Segundo ele, advogados ligados ao ex-presidente, incluindo Eduardo Kuntz e Fábio Wajngarten, abordaram familiares para obter informações e interferir nas investigações. Cid afirmou que sua filha menor e sua esposa foram procuradas diversas vezes. O advogado Kuntz nega irregularidades. O ministro Alexandre de Moraes determinou que os envolvidos prestem depoimento à PF.

(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão)

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Fonte: InfoMoney

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