Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma maneira de aprimorar a proteção fornecida por vacinas de dose única contra o HIV. A novidade, no entanto, pode ajudar a criar novos imunizantes para outras doenças.
No mais recente trabalho, os cientistas combinaram dois adjuvantes, substâncias adicionadas a um produto para melhorar sua eficácia ou desempenho, para obter uma resposta imunológica significativamente mais forte. Os resultados foram descritos em estudo publicado na revista Science Translational Medicine.

Vacinação é fundamental para evitar aumento das infecções
- Em todo o mundo, o HIV já causou 42 milhões de mortes.
- Estima-se que este seja quase o mesmo número de pessoas que vivam com a doença hoje.
- A maioria delas está na África, quase 65%.
- Já no Brasil, foram registrados 46.495 novos casos em 2023.
- Isso representa um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior e segue uma tendência global de elevação nas infecções.
- Segundo especialistas, a melhor maneira de prevenir novos casos é reforçar a vacinação contra a doença.
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Aumento do número de anticorpos foi observado
No novo trabalho, a equipe do MIT combinou dois adjuvantes para obter uma resposta imunológica significativamente melhor do que uma vacina com apenas um deles. O imunizante foi testado em camundongos e apresentou ótimos resultados.
Os adjuvantes em questão são o hidróxido de alumínio, que é comumente usado em imunizantes, e uma nanopartícula chamada SMNP, desenvolvida pelos pesquisadores. Ela contém saponina, um adjuvante derivado da árvore da casca de sabão chilena, e um adjuvante sintético chamado Monofosforil Lipídio A (MPLA).

Segundo os cientistas, esta combinação aumentou a resposta das células B em duas a três vezes. Elas são responsáveis por produzir anticorpos que podem reconhecer um patógeno ao qual o corpo foi exposto anteriormente, aumentando as chances de combater vírus perigosos.
A nova abordagem fez com que a vacina adjuvante dupla se acumulasse nos gânglios linfáticos dos camundongos e permanecesse lá por um mês, período durante o qual seus sistemas imunológicos efetivamente desenvolveram muitos anticorpos contra a proteína do HIV. Esta mesma técnica pode ser utilizada para combater outros vírus, como o da influenza e até da Covid-19.
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Fonte: Olhar Digital