Na terça-feira (24), o Ibovespa conseguiu interromper a sequência de quatro quedas consecutivas e fechou em alta de 0,45%, aos 137.164,61 pontos, impulsionado pelo desempenho positivo dos setores bancário e varejista.
A recuperação foi amparada por dois fatores principais: a leitura da ata do Copom, que confirmou o fim do ciclo de alta da Selic — agora mantida em 15% ao ano — e o otimismo gerado pelo cessar-fogo anunciado entre Irã e Israel, que derrubou novamente os preços do petróleo e favoreceu o apetite ao risco nos mercados globais. Nos Estados Unidos, os índices de ações também encerraram em alta, mesmo com o tom cauteloso do presidente do Fed, Jerome Powell, que ainda não sinalizou cortes iminentes nos juros americanos.
Para os traders que operam o mini-índice, o pregão foi marcado por alívio técnico e melhora no sentimento de curto prazo. A valorização consistente das ações dos grandes bancos — como BBAS3, ITUB4 e SANB11 — e de empresas do varejo, como MGLU3 e LREN3, trouxe tração ao índice futuro.
Apesar do avanço, a queda expressiva do petróleo ainda pesa sobre Petrobras, e novos capítulos do conflito no Oriente Médio ou surpresas nas falas de Powell no Senado nesta quarta-feira (25) podem trazer volatilidade. O cenário é de retomada parcial, mas ainda dependente de equilíbrio entre política monetária, inflação e geopolítica.
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Os contratos de mini-índice (WINQ25), com vencimento em agosto, encerraram a última sessão em leve alta de 0,11%, aos 139.370 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
Pelo gráfico de 15 minutos, o ativo ensaiou recuperação durante a última sessão, com tentativa de rompimento de resistências e da média móvel de 200 períodos, mas encontrou forte atuação da ponta vendedora nessa faixa, o que pressionou novamente os preços para baixo.
O fechamento se deu abaixo das médias de 9 e 21 períodos, sugerindo fraqueza da reação compradora. A atenção deve estar nas regiões de suporte em 139.300/139.085 e resistência em 139.860/140.160, que são as primeiras regiões importantes.
Para o pregão desta quarta-feira, os principais pontos técnicos a serem monitorados são os suportes em 139.300/139.085 (1), 138.715/138.295 (2) e 137.790/137.110 (3), e as resistências em 139.860/140.160 (1), 140.730/141.100 (2) e 142.000/142.340 (3).
Caso o mini-índice perca o suporte em 139.300/139.085, poderá haver aceleração da pressão vendedora. Nesse cenário, os próximos alvos técnicos passam a ser a faixa de 138.715/138.295, onde houve defesa compradora recente, e, posteriormente, a região de 137.790/137.110, que representa uma zona mais profunda de suporte e onde o mercado poderá tentar estabilizar.
Por outro lado, se houver entrada de volume comprador consistente que leve ao rompimento da resistência em 139.860/140.160, o ativo pode retomar a trajetória de alta iniciada na última sessão. Com isso, o fluxo altista tende a buscar inicialmente a região de 140.730/141.100, e, se mantiver o ritmo, poderá estender o movimento até o patamar de 142.000/142.340, marcando a continuidade da recuperação intraday.
No gráfico diário, o mini-índice ainda segue em tendência de alta no curto prazo, mas vem sinalizando possível enfraquecimento. Pela segunda sessão consecutiva, o ativo fechou abaixo da LTA do canal de alta e das médias de 9 e 21 períodos, após testá-las como resistência.
O mercado acompanha com atenção o suporte em 137.390/136.800, que, se perdido, pode intensificar o fluxo vendedor em direção a 134.550/133.560 e 131.950/130.885.
Para retomar o movimento principal de alta, será necessário o rompimento da resistência em 143.030/143.710, com alvos projetados em 145.080/145.630 e nos topos em 148.520/149.400. O IFR (14) está em 45,73, em zona neutra.

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WINQ25: Gráfico de 60 minutos
No gráfico intraday de 60 minutos, o ativo fechou com alta na última sessão, testando uma região de resistência importante, onde também está localizada a média de 200 períodos. Nesse ponto, observou-se o teste de uma linha de tendência de baixa (LTB), reforçando a pressão vendedora. O movimento resultou no fechamento abaixo das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, evidenciando perda de força compradora.
Para este pregão, atenção especial às regiões de suporte em 138.715/138.320 e resistência em 139.965/140.400, pois o rompimento de qualquer dessas faixas pode definir a direção do mercado.
A perda do suporte em 138.715/138.320 tende a acelerar o movimento baixista com projeções para 137.760/137.110, e, caso rompido, pode buscar 135.700/135.130. Por outro lado, a superação da resistência em 139.965/140.400 poderá abrir espaço para avanço até 141.100/142.000, com alvos mais longos em 142.950/143.370 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney