Uma avaliação inicial da inteligência dos Estados Unidos aponta que os recentes ataques militares ao Irã não destruíram os principais componentes do programa nuclear do país. As informações são da CNN.
O relatório, que teria sido elaborado pela Agência de Inteligência de Defesa, o braço de inteligência do Pentágono, sugere que a ofensiva comprometeu apenas estruturas superficiais das instalações nucleares iranianas.
A análise, baseada em dados do Comando Central dos EUA, indica que o impacto dos bombardeios foi limitado, atrasando o programa nuclear do Irã por alguns meses, mas sem eliminar sua capacidade de enriquecimento de urânio. Segundo a CNN, fontes próximas ao relatório afirmam que as centrífugas permanecem em grande parte intactas.
Ainda de acordo com a mesma fonte, o estoque de urânio enriquecido do Irã não foi destruído durante a operação. O governo americano, no entanto, discorda da avaliação e mantém a posição de que a missão foi um sucesso total, conforme declarado por autoridades da Casa Branca.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, reforçou publicamente que as ambições nucleares iranianas teriam sido “eliminadas”. Já o presidente Donald Trump afirmou que as instalações foram “completamente demolidas” e elogiou a precisão dos pilotos envolvidos na missão.
Apesar das declarações oficiais, a avaliação da inteligência sugere que os danos se concentraram em estruturas acima do solo, como sistemas de energia e instalações auxiliares, sem atingir os elementos subterrâneos mais protegidos.
O relatório obtido pela CNN também destaca que o Irã mantém instalações nucleares secretas, que não foram alvo dos ataques e continuam operacionais.
A operação contou com o uso de bombas de 13 toneladas lançadas por bombardeiros B-2 e mísseis Tomahawk disparados de submarinos. O dano mais significativo ocorreu nas estruturas externas dos complexos de Fordow, Natanz e Isfahan.
Autoridades militares americanas afirmam que a missão foi executada conforme o planejado, mas reconhecem que ainda é cedo para avaliar todos os efeitos dos ataques. O levantamento de informações sobre os danos segue em andamento.
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Fonte: InfoMoney
