No Brasil, às 8h, será divulgado o índice de confiança do consumidor referente a junho, indicador que mede a percepção das famílias sobre a economia e pode influenciar expectativas de consumo e investimentos. No mesmo horário, o Banco Central disponibilizará a ata da última reunião do Copom, realizada semana passada, um documento que detalha as discussões e projeções sobre a taxa Selic, atualmente em 15%, e sinalizará os próximos passos da política monetária.
Nos Estados Unidos, o foco se volta para o índice de confiança do consumidor de junho, previsto para ser divulgado às 11h (horário de Brasília), importante para avaliação do comportamento de gastos das famílias e possíveis expectativas de crescimento econômico. Já no fim do dia, às 17h30, sai o relatório semanal da API (American Petroleum Institute) sobre os estoques de petróleo, que pode impactar diretamente os preços do combustível e influenciar a confiança dos mercados globais.
Ainda no exterior, os mercados repercutem o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre um cessar-fogo entre Israel e Irã. “Partindo do princípio de que tudo funcionará como deve, o que acontecerá, gostaria de parabenizar ambos os países”, escreveu Trump, que chamou o conflito de “A Guerra dos 12 Dias”.
O que vai mexer com o mercado nesta terça
Agenda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reuniões previstas nesta terça-feira (24) no Palácio do Planalto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (9h30), a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (11h), o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza (14h40), o padre Antônio Maria (15h), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (15h30), e o ministro das Cidades, Jader Filho (16h30).
Às 14h, Haddad concede coletiva de imprensa sobre troca de dívidas por atendimento especializado no Ministério da Saúde.
O presidente do BC, Gabriel Galípolo, tem reunião com representantes da Câmara dos Deputados, Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) (fechado à imprensa). Já Gilneu Francisco, Diretor de Regulação do BC, participa às 9h da abertura do Seminário Sustentabilidade Social, Ambiental e Climática no Setor Financeiro Brasileiro promovido pelo Banco Central do Brasil em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), em São Paulo. (aberto à imprensa)
Brasil
8h – Confiança do consumidor (junho)
8h – Ata do Copom
EUA
11h – Confiança do consumidor (junho)
17h30 – Estoques de petróleo (API) semanal
INTERNACIONAL
Cessar-fogo
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que um cessar-fogo “completo e total” entre Israel e o Irã entrou em vigor com o objetivo de encerrar o conflito de 12 dias entre as duas nações. A declaração de Trump foi seguida pela confirmação do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que Israel concordou com a trégua. Já o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, havia afirmado anteriormente que o país cessaria os ataques enquanto Israel também interrompesse as ofensivas. Ainda assim, horas após as declarações, Israel afirmou ter identificado um lançamento de míssil do Irã e instruiu os militares a “responderem energicamente à violação do cessar-fogo pelo Irã”.
Violação da trégua
Israel acusou o Irã de violar o cessar-fogo anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na terça-feira anterior para encerrar a guerra de 12 dias. Horas após a declaração de trégua de Trump, Israel detectou lançamentos de mísseis. Seu ministro da Defesa instruiu os militares a “responderem energicamente à violação do cessar-fogo pelo Irã com ataques poderosos contra alvos do regime no coração de Teerã”. O Irã ainda não confirmou publicamente que concordou com o cessar-fogo.
ECONOMIA
Gripe aviária
Um novo caso de gripe aviária foi confirmado no sábado (21) em Jaboticabal, interior de São Paulo, em uma ave silvestre encontrada na área urbana, e divulgado à imprensa na segunda-feira (22). Segundo a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), o animal, uma marreca-cabocla, apresentava sintomas como torcicolo, diarreia esverdeada e falta de coordenação. Desde quinta-feira (19), equipes realizam ações de vigilância no local. Não há criação comercial de aves em um raio de dez quilômetros. Este é o segundo registro da doença no estado, após o primeiro caso confirmado no dia 13.
Reajuste
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou reajuste de até 6,06% nos planos de saúde individuais e familiares, válido de maio de 2025 a abril de 2026. O aumento pode ser aplicado no mês de aniversário dos contratos e, para os que venceram em maio e junho, será cobrado com retroativos a partir de julho ou agosto. O índice é o menor desde 2021, quando houve reajuste negativo. O aumento não vale para planos coletivos, que seguem sem limite definido. Mesmo acima da inflação, a ANS diz que o cálculo considera uso dos serviços e não apenas preços.
Investimento
O BNDES vai investir pelo menos R$ 5 bilhões em renda variável em 2025, priorizando economia verde, descarbonização e inovação. Outros R$ 5 bilhões serão destinados via fundos de investimento, sem prazo definido. Após quase uma década focado em desinvestimentos, o banco retoma aportes diretos no mercado de capitais. A carteira atual tem forte concentração em Petrobras, JBS e Eletrobras, mas inclui empresas como Embraer, Tupy e Hidrovias do Brasil. Segundo Aloizio Mercadante, o foco é apoiar empresas inovadoras de todos os portes. O BNDESPar também atuará como investidor âncora em IPOs.
POLÍTICA
Festas juninas
O Congresso deve ter ritmo lento nos próximos dias devido às festas juninas, que mobilizam parlamentares em seus estados, especialmente no Nordeste. Sessões semipresenciais permitirão votações remotas, mas sem pautas polêmicas. O Senado tenta votar até 30 de junho o projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados, sob pena de o TSE assumir a redistribuição. Após o São João, o ritmo segue reduzido com a ida de parlamentares ao Fórum de Lisboa. Antes do recesso em 18 de julho, estão previstas votações como a isenção do IR até R$ 5 mil e o embate sobre o IOF.
CPMI das fraudes no INSS
A CPMI das fraudes no INSS será controlada pelo Centrão, apesar de ter sido patrocinada pela oposição. O senador Omar Aziz (PSD-AM) deve assumir a presidência, enquanto a relatoria ficará com outro nome do centro, em articulação conduzida por Hugo Motta (Republicanos-PB), segundo reportagem da CNN. O governo, que inicialmente tentou barrar a comissão, agora busca controlar os trabalhos para evitar desgaste político. A oposição, que articulou a criação, teme perder protagonismo, como ocorreu na CPMI do 8 de janeiro. A comissão deve ser instalada apenas no segundo semestre, após o recesso.
Trabalhadores de aplicativos
O deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), relator da comissão especial sobre trabalhadores de aplicativos, busca instalar o colegiado antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho. Ele tem se reunido com técnicos e com o presidente da comissão, Joaquim Passarinho (PL-PA), para elaborar o texto base do projeto de lei. A proposta deve abranger todas as modalidades de aplicativos. Após a finalização, os deputados devem solicitar ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a instalação da comissão. Motta já anunciou a criação do grupo, destacando o objetivo de criar uma legislação que contemple a realidade de milhões de entregadores e motoristas. A expectativa é votar o projeto ainda neste ano, após o recuo do governo federal em 2024, devido a críticas ao projeto anterior.
Sem contato
O coronel da reserva Marcelo Câmara afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não teve contato com o delator Mauro Cid após sua soltura em maio de 2024. A declaração ocorreu em audiência de custódia, um dia após Câmara ser preso novamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes. O advogado de Câmara divulgou conversas com Cid que aconteceram antes das medidas cautelares, alegando que a prisão deveria ser anulada. Câmara é réu por suposta participação na trama golpista e acusado de monitorar o ministro Moraes. A defesa pediu sua soltura, decisão que cabe ao ministro.
Zambelli
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara abriu prazo para Carla Zambelli (PL-SP) apresentar defesa no processo que pode cassar seu mandato. Condenada a 10 anos de prisão pelo STF por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli está foragida na Itália desde maio. Ela terá até cinco sessões do plenário para protocolar defesa e indicar provas. A perda do mandato depende da aprovação de 257 deputados. A Interpol incluiu seu nome na lista vermelha, mas sua prisão depende de acordos com a Itália, onde tem cidadania.
(Com Reuters, Agência Brasil e Estadão)
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Fonte: InfoMoney