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5 vezes em que a ciência desmentiu fake news sobre saúde pública

A ciência já desmentiu inúmeras fake news sobre saúde pública, esclarecendo mitos que podem comprometer a adoção de medidas essenciais. Informações equivocadas sobre vacinas, doenças e tratamentos ainda circulam amplamente, confundindo a população e influenciando decisões sem fundamento científico.

Neste artigo, reunimos cinco exemplos em que estudos e especialistas ajudaram a corrigir crenças populares, reforçando a importância do conhecimento baseado em evidências na proteção da saúde coletiva.

Fake News: 5 vezes que a ciência já desmentiu mitos sobre saúde

1 – Resfriado é causado pelo frio

A crença de que a exposição ao frio causa resfriado é um mito, e a ciência já desmentiu essa fake news. Isso porque o resfriado é provocado por vírus e não pela temperatura ambiente. Existem cerca de 200 tipos de vírus capazes de desencadear a doença, sendo o rinovírus um dos mais comuns.

5 vezes em que a ciência desmentiu fake news sobre saúde pública
A friagem não é responsável pelo resfriado/Shutterstock/sergey kolesnikov

Apesar de o frio poder influenciar a resposta imunológica do corpo, tornando-o mais suscetível a infecções, ele não é um agente causador.

Da mesma forma, a friagem não pode ser responsabilizada por quadros como gripe, covid-19 ou outras infecções respiratórias, uma vez que todas têm origem viral.

2 – Vacinas causam autismo

A ciência já desmentiu a ideia de que vacinas causam autismo. Esse mito surgiu a partir de um estudo publicado em 1998, posteriormente desacreditado e retirado da revista científica por conter dados falsificados.

Pesquisas realizadas ao longo dos anos analisaram milhões de crianças e não encontraram qualquer relação entre vacinas e o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Um estudo conduzido por pesquisadores australianos e divulgado na revista Vaccines em 2014, por exemplo, analisou diversas pesquisas envolvendo mais de um milhão de crianças. Os resultados indicaram que não há qualquer ligação entre a vacinação e o TEA.

3 – Anticoncepcional engorda

Especialistas afirmam que não há evidências científicas de que o anticoncepcional cause ganho de peso significativo.

23 de junho de 2025 - 07:48
Anticoncepcional nas mãos de uma mulher (Imagem: Shutterstock/KaryB)

Segundo a endocrinologista Maria Gallo, da Universidade de Ohio, a crença de que a pílula engorda está mais relacionada à tendência natural do corpo humano de ganhar peso ao longo dos anos, especialmente na fase adulta.

Além disso, estudos analisaram diversos tipos de anticoncepcionais e concluíram que não há um efeito evidente no aumento de peso. No entanto, algumas mulheres podem experimentar retenção de líquidos nos primeiros meses de uso, o que pode dar a impressão de ganho de peso.

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4 – Suplementos vitamínicos previnem todas as doenças

Os suplementos vitamínicos não previnem todas as doenças, pois seu efeito depende de fatores como a necessidade individual, a dieta e a absorção dos nutrientes pelo organismo.

Diferentes comprimidos, ervas e flores em mesa de madeira, close-up. Suplementos dietéticos.
Suplementos vitamínicos não substituem um estilo de vida saudável/Shutterstock_New Africa

Estudos científicos indicam que, para pessoas saudáveis que mantêm uma alimentação equilibrada, a suplementação não traz benefícios significativos na prevenção de doenças.

Uma revisão de mais de 277 ensaios clínicos mostrou que apenas três intervenções tiveram resultados comprovados na redução de doenças cardiovasculares e neurológicas, enquanto a maioria dos suplementos não apresentou impacto relevante.

Além disso, pesquisas apontam que multivitamínicos populares não reduzem o risco de doenças como AVC, ataque cardíaco ou morte prematura.

5 – Hipotireoidismo causa obesidade

O mito de que o hipotireoidismo causa obesidade já foi desmentido pela ciência. Embora essa condição possa reduzir o metabolismo, levando a um leve ganho de peso, ele ocorre principalmente devido à retenção de líquidos e não ao acúmulo de gordura.

23 de junho de 2025 - 07:48
Pessoa obesa caminhando (Imagem: Amani A/Shutterstock)

Estudos indicam que o impacto do hipotireoidismo no peso é pequeno e que a obesidade está mais relacionada a fatores como alimentação, sedentarismo e genética.

Além disso, pacientes que recebem tratamento adequado com reposição hormonal costumam recuperar o equilíbrio metabólico e não apresentam ganho de peso significativo.

Ou seja, o hipotireoidismo pode influenciar o peso, mas não é a causa direta da obesidade. O controle da alimentação e a prática de exercícios continuam sendo os principais fatores para manter um peso saudável.

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Fonte: Olhar Digital

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