O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, disse neste domingo (22) ter sido informado por autoridades reguladoras iranianas de que não houve aumento nos níveis de radiação na imediações da instalação de enriquecimento de urânio de Fordow, um dos alvos dos ataques aéreos ao Irã no sábado.
“A partir deste momento, não esperamos que haja consequências para a saúde das pessoas ou do meio ambiente fora dos locais-alvo”, disse por meio de nota oficial. “Continuaremos monitorando e avaliando a situação no Irã e forneceremos mais atualizações à medida que informações adicionais estiverem disponíveis.”
Ele informou ainda que convocará uma reunião de emergência do Conselho de Governadores da AIEA para esta segunda-feira, à luz da “situação urgente” no Irã após os últimos ataques às instalações nucleares do país.
“Tendo em vista a situação cada vez mais grave em termos de segurança nuclear, o Conselho de Governadores se reunirá em uma sessão extraordinária amanhã”, disse o diretor-geral.
De acordo com as informações mais recentes verificadas pela AIEA antes do início dos ataques ao Irã em 13 de junho, os três locais visados pelos Estados Unidos – incluindo também Isfahan e Natanz – continham material nuclear na forma de urânio enriquecido em diferentes níveis, o que poderia causar contaminação radioativa e química dentro das instalações atingidas.
Como fez em sua declaração ao Conselho de Segurança das Nações Unidas na sexta-feira, o diretor-geral Grossi reiterou seu apelo por contenção militar e “trabalho indispensável para” uma solução diplomática. “Eu afirmei repetidamente que as instalações nucleares nunca devem ser atacadas”, disse Grossi.
Ele ainda comentou que é necessário cessar as hostilidades para que a AIEA possa retomar seu trabalho vital de inspeção no país, incluindo a verificação necessária do estoque de urânio altamente enriquecido.
O diretor-geral Grossi também enfatizou a importância de uma troca contínua e oportuna de informações com o Irã sobre questões relacionadas à segurança nuclear.
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Fonte: InfoMoney
