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Conheça a virada de Fausto Carvalho, o criador do “menzinho” Jorginho

Conheça a virada de Fausto Carvalho, o criador do “menzinho” Jorginho

Vestindo a peruca loira e os trejeitos de um herdeiro preguiçoso da Faria Lima, o “menzinho” Jorginho virou febre nas redes sociais. Mas, por trás do personagem, está Fausto Carvalho — um artista com mais de duas décadas de trajetória nos bastidores do entretenimento, que hoje mistura humor e espiritualidade para transformar vidas.

“A gente tem que dar graças a Deus, porque Ele tem colocado a mão no meu trabalho, na minha cabeça”, diz Fausto, em entrevista à jornalista Mariana Amaro no programa Do Zero ao Topo. “Tenho altos e baixos, como todo mundo, mas estou focado. Não quero perder esse foco. Tenho muitos projetos esse ano”, continua o artista.

Depois de conquistar 2,8 milhões de seguidores em um único ano e trabalhar para marcas como Miami Dolphins, Miami Open e até na Fórmula 1, o humorista que começou como recreador em hotéis e cruzeiros virou inspiração para uma legião diversa de fãs — de executivos a crianças.

“Fui para todos os podcasts do Brasil. Estive no Manchester City fazendo a ‘fatiada’ e atingi um novo público. Essa foi uma virada absurda”

A base familiar: do circo à Coab

Apesar de interpretar um riquinho mimado, Fausto nasceu em Cafelândia (SP), num lar humilde e cheio de histórias de resistência. “Meu avô era do circo, meu bisavô também. Minha tia é atriz. Mas, do lado da minha mãe, é uma família muito simples”, lembra.

Filho de um operador de trem com quase 47 anos de serviço — “o mais velho do Brasil ainda na ativa” — e de uma assistente social vocacionada, ele diz que aprendeu desde cedo o valor do trabalho.

“Hoje eu consegui dar um apartamento legal para os meus pais. Minha mãe se emociona só de sentar no sofá. Damos valor a coisas que muitos não dão. Não é que o dinheiro vem fácil. Foi difícil, foi na força.”

Durante anos, Fausto teve que lidar com a incompreensão até dentro da própria família. “Muitos achavam estranho eu ser recreador. Todo mundo engenheiro, advogado… e eu, animador de navio”, relembra. Ainda assim, afirma com orgulho: “Eu sabia que amava aquilo. Conheci 100 países, falo cinco idiomas. Fiz duas voltas e meia ao mundo. Tive experiências que menos de 1% da população teve”.

Resiliência, dores e propósito

A trajetória de Fausto também passou por episódios traumáticos. “Quando tentei ser jogador de futebol, dos três clubes por onde passei, sofri abuso em dois”, revela. “Isso acontece, ninguém vê. Você está longe da sua família, sem apoio. Ali, você vira um homem. Cria uma casca.”

O humorista também não esconde o impacto que a dependência do pai por álcool e jogos teve na vida da família.

“Por isso eu não faço publicidade para casas de apostas. Eu sei o que isso causou na minha casa. A dor é real. Já vi meu pai caído, com a cabeça machucada.”

Ele relata ainda que hoje considera o pai seu melhor amigo e alguém que se tornou um cara incrível. “Mas foi uma luta”, ressalta.

Apesar das conquistas, Fausto já enfrentou burnout e crises de ansiedade. “Achei que minha melhor piada era aquela e que tinha atingido o topo. E quando você acha isso, tudo desaba”, conta. Mesmo assim, encontrou forças para continuar: “Duas pessoas me disseram que sonharam comigo. Uma delas, meu sogro, falou: ‘Deus está pedindo para você seguir firme’”.

Do palco ao propósito: o humor como missão

Mais do que fazer rir, Fausto quer transformar. “Eu não quero que as pessoas passem o que eu passei. Meu trabalho é levar luz, fazer as pessoas felizes. Humor é minha ferramenta”, define.

É nesse propósito que se conecta com seus ídolos — como Marco Luque, com quem hoje escreve roteiros e divide palcos. “Eu dizia que meu trabalho era tipo o dele. Agora, estou ao lado dele. Subimos juntos no palco. Postamos vídeos juntos. Isso é muito surreal.”

A espiritualidade também se tornou parte essencial de seu conteúdo. “A gente precisa ter algo que nos ligue a algo maior. Tem que ter motivação. Se você é filho, esse é o seu motivo. Se tem filho, esse é o seu motivo. Mas tem que ter um porquê.” E completa dizendo que o dinheiro não serve para nada se a vida for fútil e não tiver um sentido.

“Você compra o carro dos sonhos e logo quer outro. O que vale mesmo é tratar bem as pessoas e se tornar quem você sonhou ser.”

Com planos de quebrar paradigmas e levar o humor para lugares profundos, Fausto encerra com uma promessa: “Vamos falar de dor, de luto, de espiritualidade, mas também de coisa boa, de tech, de amor. Eu quero levar o humor de uma forma que ninguém nunca levou. E mostrar que dá pra rir e refletir ao mesmo tempo”.

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Fonte: InfoMoney

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