O CEO da OpenAI, Sam Altman, confirmou que o aguardado modelo GPT-5 deve ser lançado “provavelmente durante o verão do hemisfério norte”, ou seja, entre os meses de junho e setembro. Apesar disso, ele não cravou uma data oficial para a estreia da nova geração da inteligência artificial (IA), considerada a mais importante da empresa até hoje.
A informação foi revelada durante uma entrevista no The OpenAI Podcast, um novo podcast oficial da empresa apresentado por Andrew Mayne, ex-funcionário da própria OpenAI. No bate-papo, Altman reforçou que, embora haja uma grande expectativa em torno do GPT-5, a empresa ainda discute internamente se deve seguir com grandes saltos de versões ou se continua apostando em atualizações graduais, como aconteceu com o GPT-4o.

Nome, versão e desenvolvimento do “GPT-5” seguem indefinidos
Durante a entrevista, Altman destacou que o conceito de versões nas inteligências artificiais da OpenAI está cada vez menos claro. “Antes era mais simples. Treinávamos um modelo, lançávamos, e depois criávamos outro grande modelo e lançávamos também”, explicou. Segundo ele, com o avanço dos modelos e o uso de atualizações contínuas após o treinamento, a definição do que é uma nova versão se tornou mais subjetiva.
O próprio Andrew Mayne questionou Altman sobre a percepção dos usuários em relação às atualizações. “Eu perceberia que estou usando o GPT-5 ou só acharia que é um GPT-4.5 muito bom?”, perguntou. O CEO respondeu de forma direta: “Não necessariamente. Pode ir para qualquer lado. Podemos seguir iterando o 4.5 ou, em algum momento, chamar isso de cinco”.

Além disso, Altman não esclareceu se o GPT-5 será, de fato, um modelo totalmente novo, uma espécie de sistema roteador de modelos ou uma combinação de diferentes abordagens. A OpenAI tem adotado uma postura cautelosa e evita alimentar o excesso de expectativas.
AGI, superinteligência e os rumos da OpenAI
Outro tema abordado na entrevista foi o conceito de AGI (Inteligência Artificial Geral). Para Altman, essa definição tem mudado ao longo dos anos. “Se você me perguntasse ou perguntasse a qualquer pessoa há cinco anos o que seria AGI, a definição que muitos dariam já foi, de certa forma, superada”, afirmou.
Apesar disso, o executivo discordou da ideia de que a AGI já tenha sido alcançada — mesmo com os avanços do modelo o3, recentemente anunciado pela OpenAI. Segundo ele, os sistemas atuais estão cada vez mais próximos, mas ainda não atingiram o patamar de uma inteligência capaz de fazer descobertas científicas de forma independente ou gerar avanços significativos na pesquisa humana — critérios que, para ele, definem uma superinteligência.

A OpenAI também publicou recentemente um comunicado reforçando que o desenvolvimento da AGI não será um evento súbito, mas sim um processo contínuo, o que representa uma mudança em relação à visão anterior.
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Sem anúncios no ChatGPT (por enquanto)
Durante a conversa, Altman também comentou sobre os modelos de negócios da OpenAI. Segundo ele, não há planos de incluir publicidade no ChatGPT, pelo menos por enquanto. O executivo considera que essa estratégia poderia prejudicar a confiança dos usuários.
“Acho que isso seria um momento de destruição de confiança”, afirmou Altman, se referindo à possibilidade de que os anúncios influenciassem diretamente as respostas do modelo. Ainda assim, ele reconheceu que a OpenAI busca formas de gerar receita também com os usuários gratuitos, algo que deve acontecer já no próximo ano, conforme aponta um plano de negócios vazado.
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Fonte: Olhar Digital