Somente 6 fundos imobiliários (FIIs) pagam dividendos acima do CDI após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ano, nesta quarta-feira (18).
O levantamento foi feito pela Economatica a pedido do InfoMoney. O estudo levou em consideração os 117 FIIs que compõem o Ifix, o índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na bolsa.
O Ifix avançou 10,14% neste ano, puxado por fundamentos sólidos e pela correção de distorções provocadas por incertezas do ano passado, segundo especialistas.
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Veja abaixo lista do FIIs que pagam dividendos acima do CDI:
| Fundo imobiliário | Dividend yield (12 meses) | Valorização (30 dias)* |
| HGPO11 | 46,68% | -0,58% |
| VGRI11 | 17,76% | -2,90% |
| RZAK11 | 16,09% | -0,60% |
| LIFE11 | 15,56% | 0,46% |
| CACR11 | 15,44% | 1,23% |
| GZIT11 | 15,31% | -0,73% |
*Dados do TradingView. Data de corte: 18/06/2025, às 800h
Renda passiva com FIIs
Muitos investidores se perguntam o que deve ser levado em consideração na hora de escolher bons fundos com foco em geração de renda. A resposta varia de acordo com o tipo de FII – se é de papel ou de tijolo – e exige atenção a diferentes indicadores, segundo Ricardo Natali, educador financeiro e criador do canal Lucro FC.
No caso dos FIIs de papel, que investem em títulos como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), o histórico de pagamento de dividendos é relevante, mas não suficiente. ”É fundamental também olhar a composição do fundo e verificar quais são os CRIs ou ativos imobiliários desse FII e quais suas garantias ou classificação de crédito”, disse o especialista.
Já no caso dos FIIs de tijolo – que investem diretamente em imóveis físicos – a comparação direta com o CDI nem sempre é adequada. Isso porque os aluguéis dos imóveis costumam ser reajustados pela inflação, e não pela taxa de juros, falou Natali. Por isso, esse tipo de fundo pode apresentar um crescimento mais gradual nos dividendos ao longo do tempo.
Um ponto chave na análise desses fundos de tijolo, segundo o especialista, é a qualidade dos imóveis e dos inquilinos. Imóveis bem localizados, com contratos de longo prazo e inquilinos sólidos, tendem a oferecer maior previsibilidade de receita e até crescimento nos rendimentos, falou.
“FIIs de tijolos tem o potencial de pagar dividendos crescentes, além de proporcionar valorização da cota, algo que os FIIs de papel não fazem, pois eles entregam todo o resultado, de juros ou inflação, já no mês a mês”, falou Natali.
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Fonte: InfoMoney
