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Aluguel residencial desacelera em maio, mas ainda supera inflação no acumulado do ano

Aluguel residencial desacelera em maio, mas ainda supera inflação no acumulado do ano

Depois de meses de forte aceleração, o mercado de locação residencial começa a dar sinais de respiro. O aumento médio de 0,59% registrado em maio ficou bem abaixo das altas anteriores, sugerindo que o fôlego dos reajustes pode estar perdendo força, ainda que o acumulado no ano e nos últimos 12 meses siga acima da inflação, de acordo com o Índice FipeZAP de Locação Residencial.

Essa desaceleração, conforme o levantamento divulgado nesta terça-feira (17), pode indicar um alívio momentâneo para os inquilinos, mas o impacto no bolso continua e alugar um imóvel no Brasil segue mais caro do que no passado recente, especialmente para quem busca unidades menores, que continuam puxando as altas.

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Os dados consideram informações de 36 cidades brasileiras, entre elas 22 capitais. O destaque ficou para os imóveis de um dormitório, que tiveram uma alta mais expressiva de 0,85%, enquanto as unidades com quatro ou mais dormitórios apresentaram leve queda de 0,01%. Apesar da desaceleração em maio, o preço dos aluguéis segue acima da inflação. O IPCA, que mede a inflação oficial no País, avançou 0,26% no mês, e o IGP-M, o chamado índice do aluguel, recuou 0,49% no mesmo período.

Entre as capitais, Campo Grande Cuiabá e Curitiba lideraram as altas no mês, com aumentos de 2,85%, 2,56% e 1,20% respectivamente. Já Manaus recuou 1,39%, seguido por Salvador com baixa de 0,91%, e Aracaju com -0,66%, as maiores quedas registradas pelo levantamento do Índice FipeZap.

Acumulado no ano

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o preço médio de locação residencial subiu 5,13%, ficando bem acima da inflação oficial, medida pelo IPCA de 2,75%, e do IGP-M, que teve alta de 0,74%. Os destaques no acumulado fica por conta de Campo Grande, que registrou aumento de 12,22%, Aracaju com alta 9,61%, e Teresina de 8,21%, os maiores aumentos no ano. Brasília foi a única capital a registrar queda no período acumulado, caindo 1,99%.

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Valorização em 12 meses

O cenário também mantém a atratividade da locação para investidores, apesar de a rentabilidade seguir abaixo de aplicações financeiras de referência. Nos últimos 12 meses, o aluguel residencial acumulou alta de 12,03%, mais que o dobro do IPCA (5,32%) e acima do IGP-M (7,02%). Na cidade de Salvador, a alta foi de 25,57%, Porto Alegre chegou a 22,67% e Belém 18,29%, lideraram os aumentos em um ano. O destaque segue sendo os imóveis de um dormitório, cuja valorização média foi de 13,25% no período.

São Paulo tem o metro quadrado mais caro

Em maio, o preço médio do aluguel residencial foi de R$ 48,96  por metro quadrado. Os imóveis de um dormitório alcançaram os valores mais altos, com média de R$ 66,14 o metro quadrado, enquanto as unidades de três dormitórios registraram o menor preço médio, de R$ 41,70 por metro  quadrado.

Entre as capitais, São Paulo se manteve na liderança como a cidade com o aluguel mais caro com R$ 60,96 por metro quadrado, seguida de perto por Belém com R$ 58,24 por metro quadrado, e Florianópolis com R$ 58,11. Na outra ponta, Teresina e Aracaju apresentaram os preços mais baixos com R$ 23,65 e R$ 26,26 o metro quadrado respectivamente.

Rentabilidade

A rentabilidade média anualizada dos aluguéis residenciais foi de 5,93% em maio, abaixo da média projetada para aplicações financeiras no mesmo período. Os melhores retornos para investidores foram registrados em Manaus (8,41% ao ano), Belém (8,35% a.a.) e Recife (8,26% a.a.). Já Vitória (4,27% a.a.) e Curitiba (4,54% a.a.) apresentaram as menores taxas de retorno.

Imóveis menores seguem oferecendo as melhores rentabilidades: apartamentos de um dormitório alcançaram retorno médio de 6,73% ao ano, frente a 4,87% ao ano em imóveis com quatro ou mais dormitórios.

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Fonte: InfoMoney

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