Apesar do clima tenso nos mercados internacionais na última sexta-feira (13), o dólar à vista encerrou o pregão praticamente estável no Brasil, em leve baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,5413. A sessão começou sob forte impacto da notícia de que Israel realizou ataques em larga escala contra alvos estratégicos no Irã, o que provocou uma disparada de quase 9% nos preços do petróleo e impulsionou a busca global por segurança na moeda norte-americana. O movimento elevou o dólar frente às principais divisas, como euro, iene e libra. No entanto, por aqui, o fluxo de vendas da moeda — aproveitando a máxima do dia em R$ 5,5950 — somado ao avanço do petróleo, que beneficia a balança comercial brasileira, fez com que a divisa perdesse força ainda pela manhã.
Para os traders do minidólar, a sexta-feira foi um teste de nervosismo e agilidade. A oscilação brusca no início do pregão, causada pelo agravamento das tensões no Oriente Médio, exigiu leitura rápida dos desdobramentos geopolíticos e atenção ao comportamento do petróleo. A atuação do Banco Central, com a venda de 35 mil contratos de swap cambial, também ajudou a conter a volatilidade no câmbio local. Com o dólar acumulando queda de mais de 10% no ano, o viés estrutural ainda favorece o real, mas o ambiente externo continua sendo o principal gatilho para movimentos abruptos no intradiário.
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Os contratos do minidólar (WDON25), com vencimento em julho, fecharam a sexta-feira em alta de 0,29%, aos 5.569 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos:
O comportamento técnico no intraday mostra que o minidólar finalizou a última sessão com viés levemente altista, operando acima das médias de 9 e 21 períodos. O fechamento em 5.569 pontos coloca o ativo na faixa de resistência 5.569,5/5.579,5, o que exige cautela para o início da nova semana.
Caso rompa essa faixa com entrada consistente de volume comprador, os próximos alvos estarão em 5.602/5.612 (2) e, posteriormente, em 5.624,5/5.645,5 pontos (3).
Por outro lado, se a resistência contiver o movimento e houver perda do suporte imediato em 5.560/5.552 pontos (1), o fluxo vendedor pode se intensificar. Nessa hipótese, os próximos níveis técnicos relevantes são 5.542,5/5.535 (2) e 5.515/5.495 pontos (3).
No diário, mesmo com o fechamento positivo da última sessão, a estrutura ainda é frágil. O ativo segue abaixo das médias de 9 e 21 períodos. A mínima do ano, renovada recentemente em 5.542 pontos, segue sendo referência técnica importante.
Se conseguir vencer a faixa de resistência 5.600/5.624,5, poderá buscar 5.645,5/5.684 pontos. No entanto, se perder os 5.548,5/5.542 pontos, o risco de nova onda de baixa permanece, com objetivo nos 5.492/5.442 pontos. O IFR (14) marca 37,55, apontando fraqueza, mas ainda sem configurar sobrevenda.
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Dólar futuro (WDON25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o minidólar também mostra melhora pontual. O fechamento positivo colocou o ativo acima das médias curtas, sinalizando possível tentativa de retomada. Mas, para que esse movimento se confirme, será essencial romper a faixa de 5.569,5/5.580 pontos.
Acima dessa resistência, o próximo alvo técnico está em 5.602/5.624,5 pontos, com alvo mais amplo em 5.645,5 e extensão possível até 5.684 pontos.
Por outro lado, se o ativo voltar a recuar e perder a zona de suporte em 5.548,5/5.542 pontos, pode acelerar o fluxo vendedor rumo a 5.535/5.515 pontos, com alvo final na faixa de 5.488/5.470 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney
