A navegação mercante continua a passar pelo Estreito de Ormuz, apesar dos ataques em larga escala de Israel contra o Irã na sexta-feira, informou a Força Marítima Combinada multinacional liderada pelos EUA, embora alguns armadores estejam tentando evitar a região.
No passado, o Irã ameaçou fechar o crítico Estreito de Ormuz ao tráfego em retaliação à pressão ocidental. Os analistas afirmaram que qualquer fechamento do Estreito poderia restringir o comércio e afetar os preços globais do petróleo.
“O Estreito de Ormuz permanece aberto e o tráfego comercial continua a fluir sem interrupções”, disse a Força Marítima Combinada em um comunicado, acrescentando que os eventos do último dia aumentaram a probabilidade de conflito regional para “significativa”.
Israel disse que tinha como alvo instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares durante o início de uma operação prolongada para impedir Teerã de construir uma arma atômica. O Irã nega ter qualquer plano nesse sentido.
“Temos relatos de que mais proprietários de navios estão agora exercendo cautela extra e optando por ficar longe do Mar Vermelho e do Golfo Pérsico”, disse Jakob Larsen, diretor de segurança e proteção da associação de navegação BIMCO.
Se houver a percepção de que os Estados Unidos estão envolvidos em algum ataque, “o risco de escalada aumenta significativamente”, disse Larsen.
“Essa escalada poderia incluir ataques com mísseis a navios ou a colocação de minas marítimas no Estreito (de Ormuz).”
A Grécia e a Grã-Bretanha aconselharam suas frotas de navios mercantes a evitarem navegar pelo Golfo de Áden e a registrarem todas as viagens pelo Estreito de Ormuz após os ataques de Israel ao Irã, segundo documentos vistos pela Reuters.
Os proprietários de navios gregos foram instados a enviar detalhes de suas embarcações que navegam pelo Estreito de Ormuz para o ministério marítimo da Grécia, de acordo com um dos documentos emitidos pela associação de navios da Grécia, que foi enviado na sexta-feira.
“Devido aos acontecimentos no Oriente Médio e à escalada das ações militares em toda a região, o Ministério da Navegação (grego) (…) solicita urgentemente que as empresas de navegação enviem (…) os detalhes dos navios de propriedade grega que estejam navegando na área marítima do Estreito de Ormuz”, diz o documento.
Todas as embarcações com bandeira do Reino Unido, que incluem os registros “red ensign” de Gibraltar, Bermuda e Ilha de Man, foram aconselhadas a evitar navegar pelo sul do Mar Vermelho e pelo Golfo de Aden, segundo um documento separado emitido pelo Ministério dos Transportes do Reino Unido.
Se navegarem por essas áreas, as embarcações devem aderir ao mais alto nível de medidas de segurança e limitar o número de tripulantes no convés durante as viagens, disse o aviso, visto pela Reuters.
A missão naval da União Europeia no Mar Vermelho, Aspides, continua operando normalmente, mas está monitorando os acontecimentos na região, disse um funcionário da Aspides à Reuters.
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Fonte: InfoMoney
