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Relatório mostra VPNs grátis que podem estar coletando e enviando dados para a China; lista

Alguns aplicativos gratuitos de VPN disponíveis nas lojas digitais de Android e iOS são um risco em potencial para a privacidade do usuário. Essa é a conclusão de um relatório publicado pelo Tech Transparency Project (TTP).

De acordo com o levantamento, Google Play Store e App Store contam com ao menos 20 aplicativos de VPN controladas pela empresa chinesa Qihoo 360. Essa companhia é suspeita de ter laços com o governo local, que seria também um dos seus principais clientes, e segue operando em vários países mesmo após ser proibida de operar nos Estados Unidos.

Alguns dos aplicativos suspeitos identificados pelo relatório são os seguintes:

  • Turbo VPN;
  • VPN Proxy Master;
  • Snap VPN;
  • Signal Secure VPN;
  • X-VPN – Super VPN & Best Proxy;
  • Ostrich VPN – Proxy Master;
  • VPNIFY – Unlimited VPN;
  • VPN Proxy OvpnSpider;
  • WireVPN – Fast VPN & Proxy;
  • Speedy Quark VPN – VPN Proxy;
  • Best VPN Proxy AppVPN;
  • HulaVPN – Best Fast Secure VPN;
  • Pearl VPN.

Desta lista, alguns deles são de propriedade da Qihoo 360, porém aparecem sob outras desenvolvedoras nas lojas digitais. As companhias seriam laranjas, para acobertar o envolvimento com a China, ou então empresas de pequeno porte adquiridas para serem listadas como as responsáveis pelas VPNs. Já as demais também estão listadas tendo empresas chinesas como donas.

Qual o risco desses apps?

Serviços de redes virtuais privadas (VPNs) são ferramentas que oferecem uma camada adicional de proteção a uma conexão com a internet. Eles agem como um intermediário, mascarando a origem de uma solicitação de acesso para que você tenha mais segurança e privacidade ao navegar, ou possa ver conteúdos com bloqueios regionais.

Empresas chinesas que oferecem VPNs, porém, podem coletar os dados dessas conexões e compartilhar com terceiros — incluindo agências governamentais ou outras companhias. Como esses apps lidam com informações privadas e sensíveis sobre hábitos de navegação, a preocupação com eventuais fraudes deve ser alta.

Relatório mostra VPNs grátis que podem estar coletando e enviando dados para a China; lista
Um dos apps apontados como suspeito na loja digital da Apple. (Imagem: Reprodução/TTP)

Ainda segundo o TTP, há leis chinesas que obrigam companhias locais a entregarem dados para autoridades caso solicitado, mas elas entram em conflito com a proibição de empresas como a Apple, que não permite aos apps da loja venderem informações coletadas “para qualquer propósito”.

A denúncia também responsabiliza Apple e Google não só por demorar a remover ou manter os aplicativos no ar, mas por permitir que eles até gerem receita. Mesmo gratuitos para baixar e usar, alguns dos serviços possuem planos de assinatura pagos ou veiculam anúncios — e parte dessa verba pode ir para as donas das lojas digitais.

O que dizem as empresas envolvidas?

Apple, Google e a Qihoo 360 não se manifestaram sobre o relatório especificamente. As duas donas de lojas digitais chegaram a retirar alguns dos aplicativos do ar após um contato inicial do TTP antes da publicação do documento final.

Poucas das responsáveis pelas VPNs acusadas de serem um risco para a privacidade do usuário se manifestaram. A Snap VPN negou laços com a companhia chinesa e disse não “gravar, monitorar ou reter atividades online do usuário”. 

Porém, a  desenvolvedora Autumn Breeze, listada como dona do app e inicialmente fundada em Singapura, foi adquirida pela Qihoo 360 e novamente registrada, agora nas Ilhas Cayman e com um executivo da marca chinesa como diretor. Já a NBC News até encontrou uma menção à legislação chinesa nos termos de uso de um dos serviços, a Wire VPN, que também rejeitou as acusações em nota.

Mesmo ao utilizar uma VPN, isso não significa que a sua navegação está totalmente segura. Conheça neste artigo do TecMundo alguns riscos dessas ferramentas e como se proteger contra eles.

Fonte: TecMundo

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