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Inflação no Brasil, Galípolo, IOF, negociações EUA-China e mais destaques desta 3ª

Inflação no Brasil, Galípolo, IOF, negociações EUA-China e mais destaques desta 3ª

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira (10) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, em meio à atenção do mercado sobre o comportamento da inflação e seus efeitos sobre a política monetária. No mês anterior, o índice subiu 0,43%, abaixo da taxa de 0,56% registrada em março, acumulando alta de 2,48% no ano e de 5,53% em 12 meses.

A pressão sobre os preços em abril veio principalmente dos grupos Alimentação e bebidas, com ênfase na alimentação fora do domicílio, e Saúde e Cuidados Pessoais, influenciado pelos reajustes de até 5,09% nos preços dos medicamentos autorizados no fim de março. O dado ficou dentro do intervalo projetado por analistas, que previam variação entre 0,38% e 0,47%. Especialistas consultados pela agência de notícias Reuters esperam que o IPCA desacelere 0,33% em maio.

Do lado político, a expectativa é pelos detalhes do novo IOF e pelas novas propostas da Medida Provisória do Ministério da Fazenda, que o chefe da pasta deve levar hoje ao presidente Lula.

No exterior, as atenções se voltam para o segundo dia de reuniões entre representantes comerciais dos Estados Unidos e China, em meio aos esforços para reduzir as tensões em torno da exportação de tecnologia e dos elementos de terras raras. “Estamos indo bem com a China. A China não é fácil”, disse Trump a repórteres na Casa Branca na segunda-feira. “Só estou recebendo notícias boas.”

O que vai mexer com o mercado nesta terça

Agenda

O presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, participa do painel de abertura da Febraban Tech 2025, entre 10h e 11h, em São Paulo, evento promovido pela Febraban que será transmitido e aberto à imprensa. À tarde, das 14h às 15h, ele receberá uma comitiva da Fiserv composta por Michael Lyons (Presidente e CEO global), Gustavo Carlos Marin Garat (Vice-presidente Executivo para América Latina) e Jorge Nelson Valdivia Arenas (CEO Brasil). Em seguida, das 15h às 16h, Galípolo terá uma audiência com Clare Woodman, CEO do Morgan Stanley Internacional e responsável pelas operações na Europa e Oriente Médio.

Às 15h, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tem reunião com Celso Sabino, Ministro de Estado do Turismo (MTUR).

Brasil

9h – IPCA

EUA

17h30 – Estoques de petróleo (semanal)

INTERNACIONAL

EUA-China

As negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China continuarão por um segundo dia, enquanto os dois países buscam aliviar as tensões relacionadas ao comércio de tecnologia e elementos de terras raras. Os conselheiros voltarão a se reunir hoje, às 10h da manhã, em Londres.

Anti-imigração

No terceiro dia de protestos contra as operações anti-imigração, a chegada da Guarda Nacional a Los Angeles intensificou os confrontos, com mais de cem detidos. Donald Trump mobilizou 2.000 soldados sem o aval do governador Gavin Newsom, que classificou a medida como provocadora. O envio de tropas federais sem solicitação estadual não ocorria desde 1965. Manifestantes se reuniram diante de centros de detenção e prédios federais, enfrentando forças armadas com bombas e munições não letais. A tensão aumentou com ameaças do governo de empregar fuzileiros navais. Trump afirmou que a repressão continuará contra o que chama de “protestos da esquerda radical”.

Apoio à prisão

O presidente Donald Trump afirmou nesta segunda (9) que apoiaria a prisão do governador da Califórnia, Gavin Newsom, após protestos contra sua política migratória. A declaração ocorreu após Tom Homan, ex-diretor do ICE, ameaçar prender autoridades locais. Newsom reagiu desafiando Homan: “Então, me prenda”. A Califórnia anunciou processo contra o envio da Guarda Nacional para Los Angeles. A ONU pediu desescalada da crise. Já são mais de 100 presos em protestos no estado.

ECONOMIA

Pacote fiscal

A equipe econômica do governo Lula propôs ao Congresso um novo pacote fiscal para compensar a rejeição ao aumento do IOF. Entre as medidas está o aumento do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP), que passaria de 15% para 20%. Outra proposta é a extinção da alíquota de 9% da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) para instituições financeiras, elevando-as para 15%. As mudanças ainda precisam ser formalizadas via medida provisória. O JCP, usado por grandes empresas para remunerar acionistas e reduzir a carga tributária, voltou à mesa como alternativa de arrecadação.

Fintechs

As associações de fintechs brasileiras afirmaram ter solicitado uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para apresentar a visão do setor frente à proposta do governo de alterar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras como uma das alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo as instituições, a mudança deve prejudicar o acesso da população a serviços financeiros e afetar a criação de novos produtos.

IOF

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira que o Congresso não tem o “compromisso” de aprovar a medida provisória que o governo pretende editar nos próximos dias com iniciativas de arrecadação alternativas ao aumento da taxação do IOF, ressaltando que o Executivo não apresentou até o momento propostas fiscais estruturantes.

Colheita

Nos dois primeiros anos de governo Lula, medidas extraordinárias e mudanças legislativas geraram R$ 177,6 bilhões em receitas, segundo estudo da Tendências. As maiores fontes dessa colheita foram dividendos de estatais e tributação de fundos exclusivos e offshores. Também entraram na conta a “taxa das blusinhas”, taxação de apostas e reoneração dos combustíveis. O estudo destaca que só as novas receitas somam R$ 108 bilhões. As mudanças, porém, focam em arrecadação; cortes estruturais de despesas ficaram fora do pacote. Especialistas alertam para os desafios em aprovar medidas impopulares em ano eleitoral.

Casa própria

A taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) em 5%, anunciada por Fernando Haddad, deve encarecer o crédito para a casa própria. Entidades do setor afirmam que a medida eleva em 0,5% a taxa do SBPE, aumentando parcelas. O custo do financiamento já subiu 50% desde 2021, segundo Abrainc, Cbic, Aelo e Secovi-SP. O estoque de LCIs cresceu 70% em quatro anos, tornando-se essencial para o setor. A Abecip alerta que a medida dificulta o acesso à moradia. Analistas projetam alta de até 70 pontos-base nos financiamentos a partir de 2026.

POLÍTICA

Reforma da Previdência

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não vê espaço para uma nova reforma da Previdência até o fim de 2026. Segundo ele, o governo não tem tratado do tema e uma proposta desse tipo exige protagonismo do Executivo. Motta disse que os gastos previdenciários seguem em alta e que a questão deve ser enfrentada pelo próximo presidente. Ele também cobrou maior engajamento do governo e do Senado na contenção de despesas. Criticou, ainda, a falta de apoio no episódio do BPC, em que o Senado desfez decisão da Câmara.

Explicações

A AGU acionou a Justiça para que Ciro Gomes explique críticas feitas a Lula sobre o uso do FGTS como garantia em empréstimos consignados. Ciro afirmou que o presidente “enche os bolsos dos banqueiros”. A ação foi revelada por ele em vídeo, no qual acusou Lula de covardia e tentativa de censura. A AGU alega que Ciro insinuou falsamente que Lula se beneficiou de propina na MP do “Crédito do Trabalhador”. O órgão pede que o ex-governador apresente provas ou esclarecimentos. A medida pode ser o passo inicial para um processo por calúnia ou difamação.

Pedido negado

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou o pedido da defesa de Walter Braga Netto para que os interrogatórios sobre a tentativa de golpe de 2022 ocorressem sob sigilo. A TV Justiça manterá a transmissão ao vivo das audiências. Moraes destacou que não houve apresentação de provas que justificassem a restrição e reafirmou o princípio da publicidade.

Se eleito

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado ( União Brasil), disse nesta segunda-feira que o primeiro ato de um eventual governo caso seja eleito presidente em 2026 seria a concessão de uma “anistia ampla, geral e irrestrita” tanto para os réus que participaram das invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 quanto para os acusados de promover uma tentativa de golpe de Estado.

Depoimento – minuta do golpe

Durante interrogatório no STF, Mauro Cid confirmou que Jair Bolsonaro recebeu, leu e editou uma minuta de decreto golpista após a derrota eleitoral de 2022. O texto previa prisões de autoridades e uma nova eleição conduzida por comissão paralela. Segundo Cid, Bolsonaro retirou trechos, mas manteve a prisão de Alexandre de Moraes. Filipe Martins teria entregue e editado o documento. O general Almir Garnier teria oferecido apoio militar ao plano, enquanto outros comandantes rejeitaram a ideia. Cid relatou pressão sobre militares e envolvimento de Braga Netto com acampamentos golpistas. Também confirmou repasse de dinheiro a grupo radical.

Depoimento – hacker

Mauro Cid afirmou ao STF que Bolsonaro pediu ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que se reunisse com o hacker Walter Delgatti e a deputada Carla Zambelli para discutir supostas fraudes nas urnas. Segundo Cid, a reunião foi articulada por Zambelli e ocorreu no Palácio da Alvorada. Bolsonaro queria uma avaliação técnica sobre vulnerabilidades do sistema eleitoral. Posteriormente, pediu que o Ministério da Defesa aprofundasse o tema. Cid relatou que Bolsonaro pressionava por mudanças no relatório das urnas. O documento final não apontou fraude, mas levantou dúvidas sobre auditabilidade.

Perda de mandato

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda (9) que a Casa cumprirá a decisão do STF e declarará a perda de mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).

Espere mais um pouco

Zambelli (PL-SP) deve se apresentar às autoridades italianas ainda nesta semana. Segundo apuração da TV Globo, ela aguarda orientação de seu novo advogado. A deputada está na Itália desde o fim de maio e é considerada foragida. Mesmo assim, planeja procurar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar adiar a declaração de perda de mandato.

(Com Reuters e Estadão)

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Fonte: InfoMoney

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