Nesta quarta-feira, 4 de junho, o dólar à vista encerrou o pregão em leve alta de 0,14%, cotado a R$ 5,6450, contrariando a tendência internacional de queda da moeda norte-americana frente a outras divisas. O movimento de valorização do dólar ante o real ocorreu em meio às discussões em Brasília sobre um novo pacote fiscal para substituir o aumento do IOF e à divulgação de uma pesquisa de popularidade desfavorável ao governo Lula. No cenário externo, apesar do maior apetite por risco devido à expectativa de uma conversa entre os presidentes dos EUA e da China para aliviar tensões comerciais, o mercado doméstico foi influenciado por fatores políticos e fiscais internos.
Para os traders que operam o minidólar, o ambiente atual requer atenção. A volatilidade observada no mercado cambial, influenciada por fatores internos, como mudanças fiscais e tributárias, e externos, como as políticas econômicas dos EUA, pode gerar oportunidades, mas também riscos. Monitorar de perto os desdobramentos dessas questões e os indicadores econômicos será fundamental para embasar as estratégias de negociação no pregão seguinte.
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O contrato de minidólar (WDON25), com vencimento em julho, encerrou o pregão da última quarta-feira em baixa de 0,18%, cotado a 5.662 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
O minidólar encerrou sua terceira sessão consecutiva de baixa, mantendo uma configuração técnica fraca no curtíssimo prazo. O fato de estar negociando abaixo das médias de 9 e 21 períodos no gráfico de 15 minutos reforça a dominância da ponta vendedora no intraday.
Para o pregão desta quinta-feira, é importante ficar atento à região de suporte em 5.658/5.646 pontos. Caso esse nível seja rompido, o fluxo vendedor tende a se intensificar, com os próximos suportes mapeados em 5.638,5/5.616,5 pontos, e, em extensão, uma faixa mais robusta de 5.585/5.561 pontos, que pode funcionar como um piso mais sólido para o mercado.
Por outro lado, caso haja entrada de fluxo comprador, o primeiro desafio estará na resistência em 5.672,5/5.684 pontos. Superando esse patamar, o mercado pode buscar as resistências seguintes em 5.701,5/5.709 pontos, com alvo mais longo na faixa entre 5.720/5.743 pontos, região que se mostra mais difícil de ser rompida sem uma mudança significativa no fluxo.
No gráfico diário, o minidólar segue pressionado, operando dentro de uma estrutura mais lateralizada, porém, com viés de baixa mais acentuado nas últimas sessões. O preço permanece abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que tecnicamente mantém o controle na mão dos vendedores.
Neste tempo gráfico, destaco dois pontos cruciais: a resistência em 5.684/5.715 pontos, que precisaria ser rompida para que o ativo ganhe fôlego comprador e busque patamares como a região de 5.745 pontos. E, do lado oposto, a mínima do ano em 5.638,5 pontos, que se rompida pode acelerar o movimento de venda com alvo inicial em 5.561 pontos, podendo se estender além, caso o fluxo vendedor se intensifique.
O IFR (14) se encontra em 47,47, apontando uma leitura mais neutra.
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Dólar futuro (WDON25): Gráfico de 60 minutos
A leitura no gráfico de 60 minutos segue alinhada ao intraday, com o minidólar operando em movimento lateral, porém abaixo das médias de 9 e 21 períodos, o que mantém o viés vendedor no radar.
Para inverter esse cenário, o ativo precisaria romper, inicialmente, a resistência na faixa de 5.684/5.701,5 pontos. Caso consiga, vejo espaço para o preço buscar as resistências seguintes em 5.720/5.743 pontos, e, em caso de fluxo comprador mais forte, na região de 5.770 pontos, com extensão até 5.777,5 pontos, que configura uma resistência técnica bastante relevante.
Por outro lado, se o mercado seguir pressionado, a perda do suporte em 5.641/5.638,5 pontos tende a destravar novas quedas, mirando os próximos suportes em 5.616,5/5.585 pontos, com alvo mais longo em 5.561/5.535 pontos, faixa que representa um suporte estruturado e que pode funcionar como base mais robusta caso o movimento vendedor se acentue.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney
