Assim como o Ibovespa, o IFIX, índice de fundos imobiliários, alcançou sua máxima histórica em maio. Neste início de mês, o indicador segue operando próximo ao pico intradia, renovado na última segunda-feira (2). Porém, o movimento de alta que faz os FIIs acumularem valorização de 10,7% no ano pode arrefecer, segundo o Itaú BBA “a volatilidade segue elevada, evidenciando o nível de incerteza ainda presente no cenário”, diz o banco de investimentos.
Para continuar capturando ganhos via dividendos, as corretoras indicam, principalmente, fundos imobiliários com imóveis bem localizados e inquilinos confiáveis – no caso dos FIIs de tijolo – ou que compram papéis de emissores com alta qualidade de crédito. É o que mostra a carteira recomendada de fundos imobiliários do InfoMoney, que compila as recomendações das principais corretoras do Brasil.
Em junho, dois de fundos de galpões logísticos e um de recebíveis dividem a liderança do ranking dos mais indicados. Na comparação com a lista anterior, de maio, saiu o Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) e entrou o RBR Alpha (RBRF11), com mais um empate triplo no segundo lugar.
Confira os fundos imobiliários mais recomendadas por corretoras para junho de 2025 e o dividend yield (retorno com dividendos) dos papéis com base no fechamento desta terça-feira (4):
Fundo | Código | Recomendações | DY em 30 dias | DY em 12 meses |
---|---|---|---|---|
BTG Pactual Logística | BTLG11 | 5 | 0,77% | 9,30% |
Bresco Logística | BRCO11 | 5 | 0,78% | 9,08% |
Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 | 5 | 1,17% | 11,92% |
TRX Real Estate | TRXF11 | 4 | 0,89% | 11,87% |
RBR Alpha | RBRF11 | 4 | 0,84% | 10,48% |
RBR High Grade | RBRR11 | 4 | 1,17% | 11,61% |
BTG Pactual Logística (BTLG11)
72% de toda a área bruta locável do fundo está em um raio de 60 km de São Paulo, o que faz o Santander destacar o portfólio de galpões logísticos por sua boa localização. Além disso, o banco lembra da alta taxa de ocupação atual (98%), contratos de longo prazo, time de gestão experiente e grandes inquilinos, como Assaí, DHL, Unilever e Amazon. O FII deve entregar um retorno com dividendos de 9,4% nos próximos 12 meses, estima o Santander.
Bresco Logística (BCO11)
Cerca de 88% dos inquilinos nos 472 mil metros quadrados de área bruta locável do fundo são classificados como grau de investimento AAA ou AA, lembra o Itaú BBA. Com o baixo risco de inadimplência, o BBA avalia que o fundo imobiliário agrega “qualidade e previsibilidade” ao portfólio.
Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
É o maior fundo de papel da indústria, com patrimônio líquido de R$ 7,8 bilhões. Com uma carteira praticamente 100% indexada ao CDI, o portfólio tem uma taxa média de CDI + 2,28% ao ano e prazo médio de 4,2 anos. A XP Investimentos destaca que os devedores são “majoritariamente de primeira linha” e que os papéis têm garantias robustas. Além do carrego positivo e da pulverização da carteira, o relatório assinado por Marx Gonçalves, head de fundos listados da XP, também cita “menor volatilidade em relação aos pares” como argumento para recomendar o fundo imobiliário.
TRX Real Estate (TRXF11)
O fundo tem portfólio diversificado e com imóveis localizados em regiões “maduras e resilientes”, segundo o BTG Pactual. Entre os inquilinos estão grandes varejistas e há, ainda, a possibilidade de ganhos adicionais por meio da venda de imóveis para o fundo, além de alta liquidez de TRXF11 no mercado secundário, destaca o banco.
RBR Alpha (RBRF11)
O RBR Alpha gera renda e ganho de capital pelo investimento em outros fundos imobiliários. O FII encerrou março com 62,8% do patrimônio alocado em cotas de fundos de tijolo, 24% em crédito, 5,9% em desenvolvimento e 7,3% em liquidez. A XP sustenta a recomendação dizendo que a equipe de gestão é qualificada e tem “histórico de performance consistente”. Além disso, destaca nível de caixa “robusto”, que possibilita investimentos a preços atrativos, e rendimentos “atrativos” no preço atual (considerado “convidativo”), com dividend yield anualizado de 10,4%.
RBR High Grade (RBRR11)
O fundo de papel tem 45 ativos na carteira com exposição de 97% a ativos indexados ao IPCA, com juro real médio de 9,22%. A Genial Investimentos destaca os devedores “com boa qualidade de crédito”, como Brookfield e Rede D’Or. Para a corretora, o fundo opera com “deságio demasiado”, o que, em conjunto com possíveis picos de inflação ao longo do ano, “trazem boas expectativas de yield e carrego”.
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Fonte: InfoMoney