A Nvidia estaria trabalhando em um novo chip de inteligência artificial para atender o mercado chinês com preços mais acessíveis, segundo reportagem da Reuters. A expectativa é que a fabricação em massa comece já em junho deste ano.
O modelo fará parte da série de processadores de IA Blackwell, com valores entre US$ 6.500 (R$ 36,7 mil) e US$ 8.000 (R$ 45,1 mil) — significativamente menor do que o modelo H20, agora restrito, que custa entre US$ 10.000 (R$ 56,4 mil) e US$ 12.000 (R$ 67,7 mil).
A redução do preço se deve às necessidades de fabricação mais simples, já que o novo chip usará memória GDDR7 padrão em vez da memória de alta largura de banda mais avançada e não contará com o encapsulamento avançado CoWoS da TSMC.

Novas abordagens
Em abril, a Nvidia teria considerado lançar uma versão de menor desempenho para a China após o governo americano proibir exportações do chip H20. No entanto, o plano foi descartado, já que a arquitetura Hopper usada na GPU não pode mais ser adaptada, de acordo com o CEO Jensen Huang.
Segundo a corretora chinesa GF Securities, o novo modelo Blackwell pode se chamar 6000D ou B40. Além desse design, a empresa também estaria trabalhando em outro chip que pode começar a ser produzido em setembro também com foco na China.
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Driblando os obstáculos
Esta é a terceira vez que a Nvidia precisa redesenhar uma GPU especificamente para a China em função das restrições de exportação impostas pelo governo dos Estados Unidos. No último ano fiscal, o país asiático representou 13% da receita total da empresa.
De acordo com Huang, a participação da companhia no mercado chinês caiu de 95% em 2022 para cerca de 50% atualmente. De lá para cá, a Huawei, fabricante do chip Ascend 910B, se tornou uma grande concorrente, segundo o CEO.
Recentemente, o empresário afirmou que os controles de exportação foram “um fracasso” e causaram um prejuízo bilionário para as companhias norte-americanas. As restrições levaram a Nvidia a planejar um centro de pesquisa e desenvolvimento em Xangai.
Enquanto isso, a empresa de chips reforça contratos com outros governos para impulsionar a criação de data centers, incluindo a construção de campus nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e na Suécia.
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Fonte: Olhar Digital