Hong Kong abrirá as portas de suas universidades para estudantes estrangeiros que forem obrigados a desistir de estudar em Harvard devido à nova política do presidente Donald Trump, que lhes proíbe o acesso à prestigiada instituição norte-americana.
A secretária de Educação de Hong Kong, Christine Choi, pediu nesta sexta-feira, 23, que as universidades da cidade chinesa acolham “estudantes excepcionais de todo o mundo”.
“Para os estudantes internacionais afetados pela política de admissão de estudantes dos Estados Unidos, o Departamento de Educação fez um apelo a todas as universidades de Hong Kong para que ofereçam medidas que facilitem a entrada de estudantes elegíveis”, declarou Choi em um comunicado.
Proibição
A administração de Donald Trump anunciou na quinta-feira a proibição de Harvard matricular estudantes estrangeiros a partir do próximo período letivo, acusando a universidade de fomentar o antissemitismo e de manter vínculos com o Partido Comunista Chinês.
Uma juíza norte-americana suspendeu temporariamente a medida, mas muitos estudantes estrangeiros permanecem apreensivos.
As universidades de Hong Kong poderão aumentar o limite de matrículas para estudantes estrangeiros, segundo a funcionária.
Em um comunicado, a Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST), que nesta sexta-feira convidou estudantes internacionais matriculados em Harvard a continuarem seus estudos em seus campi, prometeu implementar “procedimentos de admissão simplificados e apoio acadêmico para facilitar uma transição sem contratempos para os estudantes interessados”.
Harvard lidera a lista mais recente das melhores universidades do mundo do US News and World Report, na qual a HKUST ocupa a 105ª posição, entre mais de 2 mil instituições.
Fonte: Exame