Na pesquisa de maio feita com assessores ligados à XP, se observa uma melhora no apetite ao risco e no sentimento em relação às ações pelos investidores, mas isso não se converteu em um aumento significativo no nível de alocação dos clientes.
De acordo com os principais dados do levantamento, o desejo dos investidores por investimento em renda variável melhorou, passando de 18% da última pesquisa para 27%; enquanto isso, apenas 5% planeja diminui-la, representando queda de 7% em relação ao mês anterior.
No entanto, o nível dos investidores – de acordo com os assessores de investimentos – que não pretendem alterar sua alocação está em 68%, recuo de apenas 2% em relação à pesquisa anterior, divulgada em abril. Segundo análise da XP, o bom momento da renda variável não se converteu em um aumento significativo no nível de alocação de investidores na classe de ativos.
Em relação ao sentimento do investidor com a Bolsa, esse dado melhorou. A média das respostas ficou em 7, o melhor nível desde março de 2024, acima do nível de 6,4 do mês passado.
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Interesse por renda fixa
Foi mantido em 75% (na comparação com dados de abril) o interesse por renda fixa e 54% demonstraram interesse em fundos de renda fixa, recuo de 7% em relação à pesquisa anterior. O interesse por fundos imobiliários subiu para 36%, alta de 14%. Fundos multimercados e fundos de renda variável seguem como classes de ativos com baixo interesse: 6% e 8%, respectivamente.
Já com relação às preocupações com a política fiscal, esse item subiu 11%, indo para 55%, permanecendo como o maior risco para a Bolsa. A instabilidade política também aumentou e foi para 14%. Nesse aspecto ainda, as preocupações com juros mais altos aumentaram de 6% para 8%, sempre na comparação com a pesquisa anterior – é o terceiro maior risco apontado pelos investidores.
Do total, 45% dos assessores indicam que seus clientes estão vendo o fim do ciclo de alta da Selic; 25% não tem certeza e 23% ainda vê espaço para novos aumentos da taxa.
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Por fim, o interesse por investimentos internacionais caiu ligeiramente (menos 2%), passando de 41% para 39%.
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Fonte: InfoMoney