Diante de denúncias de fraudes em empréstimos consignados nas folhas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) apresentaram nesta terça-feira (20) um pacote de medidas para reforçar os controles na concessão desse tipo de crédito.
As ações foram discutidas com o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, em reunião na sede do ministério.
Entre as propostas apresentadas, estão novas camadas de autenticação para além da biometria – que já havia sido lançada pelo governo na semana passada –, como validações por geolocalização, rastreio de IP, modelo de aparelho e selfie com detecção de vida.
A ideia, segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, é evitar interferências externas e fraudes.
“Nós discutimos propostas de aprimoramento que possam dar mais segurança no acesso a dados dos beneficiários, dos benefícios do INSS, para que o aposentado não sofra assédios e para que nós tenhamos a segurança da autenticação de que o aposentado efetivamente solicitou a oferta de um crédito e contratou esse crédito”, disse à imprensa após a reunião.
O setor também defendeu o bloqueio preventivo dos benefícios recém-concedidos, com desbloqueio individual por operação, além da revisão nas regras de acesso aos dados do INSS e da melhoria nos extratos de pagamento.
“Nós vamos continuar tomando [medidas] para que a gente possa ter toda a segurança de que não há terceiros que acabam fraudando ou acabam, na verdade, induzindo a erros aposentados e pensionistas na tomada de um crédito”, pontuou.
Além da biometria facial e do reforço nas validações digitais, o setor também apresentou propostas operacionais, como:
- exigência de presença física para o primeiro pagamento do benefício;
- obrigatoriedade de agência bancária a até 3 km do domicílio do cliente para atendimento presencial;
- bloqueio de 90 dias para contratação de consignado por novos aposentados, com desbloqueio via app Meu INSS;
- exigência de presença física para o primeiro pagamento do benefício;
- obrigatoriedade de agência bancária a até 3 km do domicílio do cliente para atendimento presencial;
- bloqueio de 90 dias para contratação de consignado por novos aposentados, com desbloqueio via app Meu INSS;
- envio digital do contrato ao aplicativo Meu INSS e por e-mail, inclusive nas contratações presenciais;
- validações antifraude com uso de dados cruzados entre selfie, documentos e bureaus externos;
Segundo dados apresentados na reunião, houve uma queda de 88% nas contestações de operações consignadas desde 2021, ano em que teve início a obrigatoriedade da biometria para contratação. Ainda assim, Sidney reconhece que o processo pode ser aprimorado.
“Nós temos segurança de que os meios já utilizados pelos bancos permitem que haja essa autenticação, mas se ainda existir qualquer irregularidade ou mesmo fraude, nós estamos aqui dispostos a enfrentar isso para poder apurar e punir”, destacou.
Sidney ainda afirmou que o setor bancário está comprometido com a transparência e a segurança dos beneficiários.
“Nós temos todo o interesse na lisura, na concessão de um crédito que é acessível, de um crédito que tem condições favoráveis para o aposentado e para o pensionista. E não haverá, de nossa parte, qualquer mínima hesitação para que possamos apurar qualquer irregularidade, se porventura existir”, disse Sidney.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Após fraudes, Febraban propõe reforço da segurança no consignado INSS no site CNN Brasil.
Fonte: CNN Brasil