A Ripple e a Coinbase, duas gigantes do mercado de criptomoedas, entraram em uma disputa em torno da possível aquisição da Circle, a emissora da segunda maior stablecoin pareada ao dólar do mundo, a USDC. A movimentação foi reportada pela Fortune a partir de fontes com conhecimento do tema.
Em abril deste ano, a Circle deu entrada em um pedido de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, com previsão de abrir capital na bolsa de Nasdaq. Desde então, porém, a empresa também passou a avaliar uma possível aquisição.
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No momento, a companhia teria realizado apenas “conversas informais” com a Ripple e a Coinbase, mas já deixou claro que buscaria um valor de compra de, ao menos, US$ 5 bilhões. A cifra está em linha com o valor de mercado projetado pela empresa para o IPO.
O movimento tem chamado a atenção de investidores pelo potencial de resultar em uma das maiores negociações da história do mercado de criptomoedas. Atualmente, a Coinbase, que é a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, já detém uma participação minoritária na Circle.
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Além disso, as duas companhias compartilham parte das receitas provenientes das reservas usadas pela Circle para garantir a paridade entre a USDC e o dólar. Nesse cenário, a proximidade já existente entre as empresas pode facilitar um acordo de compra.
Por outro lado, a Ripple é uma das maiores empresas do mercado de criptomoedas e conta com uma stablecoin própria pareada ao dólar, a RLUSD. De acordo com a Bloomberg, uma oferta da companhia para comprar a Circle teria sido negada ainda em abril, mas uma nova proposta pode ter sido apresentada.
Em resposta à reportagem da Fortune sobre a possibilidade de compra, a Circle afirmou que “não está à venda” e que segue comprometida em concluir o processo de IPO. Ainda não há uma previsão de quando, exatamente, ocorrerá o processo de oferta de ações na bolsa.
A Circle foi criada em 2013 e mantém o nome original: Circle Internet Financial. Com um objetivo mais amplo de incorporar tecnologias digitais no mercado financeiro, a empresa se concentrou nos últimos anos no segmento de stablecoins, criando e emitindo a USDC.
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Fonte: Exame