Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira (20), à medida que investidores avaliam se a recente alta dos mercados foi além dos fundamentos, diante dos persistentes riscos ligados às tensões comerciais e à inflação ainda resiliente.
As ações vinham se recuperando nos últimos dias, impulsionadas pelo otimismo em torno de um possível alívio nas disputas tarifárias, após EUA e China chegarem a um acordo provisório para suspender temporariamente as tarifas na semana passada. Ainda assim, dois dirigentes do Federal Reserve alertaram na segunda-feira que preferem adotar uma postura de cautela, aguardando dados mais claros sobre as perspectivas econômicas antes de considerar cortes nas taxas de juros.
Estados Unidos
As tarifas têm desempenhado um papel central nesta temporada de balanços. O Walmart foi o mais recente gigante do varejo a alertar sobre a pressão dos preços, o que gerou reação do presidente.
O impacto das preocupações tarifárias sobre os consumidores continuará no radar nesta terça-feira, quando a Home Depot divulga seus resultados. Investidores estarão atentos a possíveis sinais de enfraquecimento da demanda diante da expectativa de preços mais altos.
Os investidores também ficarão atentos aos comentários sobre a política de taxas de juros do Federal Reserve, já que vários funcionários do banco central devem falar na terça-feira, incluindo o presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
- Dow Jones Futuro: -0,13%
- S&P 500 Futuro: -0,31%
- Nasdaq Futuro: -0,42%
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionados pelo corte das principais taxas de empréstimo na China, uma medida do governo para estimular a economia em meio ao aumento das tensões comerciais que ameaçam desacelerar o crescimento. O Banco Popular da China reduziu a taxa básica de juros para empréstimos de 1 ano de 3,10% para 3,00%, enquanto a LPR de 5 anos caiu de 3,60% para 3,50%.
O banco central da Austrália cortou sua taxa básica de juros para 3,85%, seu menor nível desde maio de 2023, à medida que as preocupações com a inflação no país continuam diminuindo, dando espaço para o banco flexibilizar a política monetária.
- Shanghai SE (China), +0,38%
- Nikkei (Japão): +0,08%
- Hang Seng Index (Hong Kong): +1,49%
- Kospi (Coreia do Sul): -0,06%
- ASX 200 (Austrália): +0,58%
Europa
Os mercados europeus operam em alta, buscando construir um impulso positivo após uma sessão de negociação tranquila para os mercados de ações na segunda-feira.
Na frente corporativa, a Vodafone registrou prejuízo de 411 milhões de euros em 2025 e alerta que ‘incertezas’ comerciais podem afetar lucros.
- STOXX 600: +0,39%
- DAX (Alemanha): +0,14%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,53%
- CAC 40 (França): +0,20%
- FTSE MIB (Itália): +0,37%
Commodities
Os preços do petróleo sobem devido a um possível colapso nas negociações entre os EUA e o Irã sobre o programa nuclear de Teerã e às perspectivas enfraquecidas de mais suprimentos de petróleo iraniano entrando no mercado global.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com alta nesta terça, com demanda resiliente, mas dados fracos da segunda maior economia do mundo limitam ganhos.
- Petróleo WTI, +0,77%, a US$ 63,17 o barril
- Petróleo Brent, -0,02%, a US$ 65,48 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,28%, a 725,00 iuanes (US$ 100,56)
Bitcoin
- Bitcoin (BTC), -0,37% a US$ 104.962,57 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
(Com Reuters e Bloomberg)
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Fonte: InfoMoney
