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Economista-chefe da XP sobre rebaixamento da Moody’s: fiscal dos EUA não é simples

Economista-chefe da XP sobre rebaixamento da Moody’s: fiscal dos EUA não é simples

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O rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de classificação de risco Moody’s pode ter sido uma “ducha de água fria” no movimento recente que se viu no mercado americano.

“Ao longo da semana passada, aquela aversão aos ativos americanos por conta das tarifas do Trump tinha diminuído e o dólar deu uma valorizada. A gente notou uma certa volta do fluxo de capitais ao longo da semana para os mercados norte-americanos. Inclusive, o euro se desvalorizou em relação ao dólar”, relatou Caio Megale, economista-chefe da XP, que comandou o programa Morning Call da XP nesta segunda (19).

No entanto, segundo Megale, o sentimento dos mercados é de que voltou a aversão aos ativos dos EUA.

“Os Estados Unidos tiveram ao longo dessas décadas sua moeda como reserva (internacional) no mundo, devido ter a maior economia e a mais influente do planeta”, disse.

“Mas o rebaixamento (da nota de crédito pela Moody’s) dos Estados Unidos não é algo que a gente vê toda a hora”, afirmou.

Déficit crescente

A Moody’s tinha AAA para os EUA, que é a nota mais alta, mas rebaixou para AA1, um degrau abaixo. Ele explica que os Estados Unidos continuam no pelotão de elite das notas de crédito no mundo. “Mas, de fato, isso leva a gente a se perguntar se há alguma mudança de pensamento global sobre os Estados Unidos”, ressaltou.

Leia mais: Moody’s tira selo “AAA” dos EUA: o que está por trás da decisão e o que significa?

Já não é o primeiro rebaixamento que EUA sofre de uma agência de risco. Outras agências de rating, como a S&P e Fitch, já tinham feito isso recentemente, lembrou Megale.

“Isso é muito por conta da dinâmica fiscal que os Estados Unidos vêm mostrando, com déficits crescentes. Eles acabaram de aprovar mais um pacote de corte de impostos. Ou seja, a situação fiscal (dos EUA) não é simples para a frente”, afirmou.

“Déficit alto e juros sobre a dívida altos também, com a dinâmica de ajuste fiscal não parecendo ser clara”, complementou. O economista destacou que a aumento do déficit fiscal dos EUA já vinha do governo anterior e foi reforçada pelo governo atual.

“E ainda tem todo o questionamento às instituições dos Estados Unidos após aumento muito agressivo das tarifas do presidente Trump”, acrescentou.

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Fonte: InfoMoney

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