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Na esteira de atualizações do Pix, o que realmente importa para o consumidor?

Pix parcelado, por aproximação, automático, novas regras, essas são algumas das novidades do sistema de pagamento instantâneo registradas em menos de um ano. Desde o seu lançamento, em 2020, o Pix passou por muitas atualizações. 

Para Renan Basso, co-fundador e diretor de negócios da MB Labs, grupo especializado em consultoria e desenvolvimento de aplicativos e plataformas digitais, todas essas atualizações refletem de forma significativa na experiência do consumidor e no cotidiano dos usuários. 

“Todos os lançamentos que ocorreram são um esforço contínuo para aprimorar a segurança e a funcionalidade do sistema, atendendo às necessidades de um público cada vez mais digitalizado”, diz.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil, seis em cada dez consumidores afirmam que sempre utilizam o Pix para pagamentos, destacando a rapidez e a praticidade como principais motivos. O sistema é amplamente aceito em lojas físicas, comércio online e para o pagamento de contas de consumo. 

Pensando nisso, Renan explicou como cada lançamento recente afetou na vida do consumidor e usuário:

Pix Automático e Pix por Aproximação

O Pix Automático permite que usuários configurem pagamentos recorrentes, como contas de água, energia e serviços de streaming, diretamente em suas contas bancárias, sem necessidade de autenticação manual a cada transação. Por outro lado, o Pix por Aproximação utiliza tecnologia NFC para permitir pagamentos rápidos e seguros, semelhantes aos realizados com cartões de crédito por aproximação. Ambas as inovações visam facilitar o dia a dia dos consumidores, tornando as transações mais ágeis e convenientes.

Monitoramento da Receita Federal

A partir de janeiro de 2025, operadoras de cartões, aplicativos de pagamento e bancos digitais passaram a ser obrigados a reportar movimentações financeiras à Receita Federal. Transações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas devem ser informadas semestralmente. Essa medida visa reforçar o combate à evasão fiscal e promover maior transparência no sistema financeiro. No entanto, ela levanta questões sobre o sigilo bancário e a privacidade dos consumidores, que devem estar atentos ao monitorar suas movimentações financeiras.

Segurança reforçada: limites e cadastro de dispositivos

Entre as mudanças mais significativas está a implementação de limites para transações realizadas em dispositivos não cadastrados. Agora, transferências acima de R$ 200 só podem ser efetuadas por aparelhos previamente registrados pelo usuário. Para dispositivos não cadastrados, o limite é de R$ 200 por transação e R$ 1.000 por dia. Essa medida visa proteger os consumidores contra fraudes, especialmente em casos de roubo de aparelhos ou engenharia social. No entanto, usuários que realizam transações frequentes podem sentir a necessidade de registrar seus dispositivos para evitar limitações inesperadas.

“O equilíbrio entre inovação, segurança e usabilidade será determinante para o sucesso contínuo do Pix. Mas, é fundamental que bancos e instituições financeiras invistam em tecnologias que garantam a proteção contra fraudes e ofereçam suporte eficiente aos usuários, bem como é essencial que os consumidores estejam informados sobre as mudanças e adotem práticas seguras ao utilizar o sistema”, finaliza.

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Fonte: Exame

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