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André Ventura: o líder que consolidou a extrema-direita em Portugal

8 de julho de 2025 - 02:01André Ventura, líder do partido político de extrema direita de Portugal, Chega, fala à mídia após as pesquisas de boca de urna das eleições gerais em Lisboa, Portugal, 18 de maio de 2025. REUTERS/Rodrigo Antunes

" data-medium-file="https://i0.wp.com/www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/05/2025-05-18T201043Z_1813173641_RC2KKEAC1HSS_RTRMADP_3_PORTUGAL-ELECTION.jpg?fit=300%2C206&quality=70&strip=all&ssl=1" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2025/05/2025-05-18T201043Z_1813173641_RC2KKEAC1HSS_RTRMADP_3_PORTUGAL-ELECTION.jpg?fit=1280%2C880&quality=70&strip=all">

Fundador e principal rosto do Chega, partido de extrema-direita que cresce nas urnas e no Parlamento português, André Ventura consolidou-se como uma figura central na política portuguesa após as eleições legislativas deste domingo (18). Com um discurso nacionalista e anti-imigração, Ventura transformou o Chega de um movimento marginal em uma das principais forças políticas do país.

Nascido em Sintra, no distrito de Lisboa, em 1983, Ventura formou-se em Direito e chegou a atuar como professor universitário e funcionário da Autoridade Tributária. Também ficou conhecido como comentarista esportivo antes de se lançar na política. Iniciou sua trajetória no Partido Social Democrata (PSD), mesmo partido do primeiro-ministro Luís Montenegro, mas rompeu com a legenda e fundou o Chega em 2019.

Desde então, Ventura tem sido protagonista de controvérsias e de um discurso polarizador. Se define como liberal na economia, conservador nos costumes e nacionalista na identidade. Entre suas propostas estão penas mais severas para crimes graves, prisão perpétua, castração química para abusadores sexuais e medidas duras contra corrupção.

Seu discurso anti-imigrante, no entanto, é central na sua plataforma. Ele mira especialmente ciganos, muçulmanos, indostânicos e beneficiários de programas sociais — embora poupe os brasileiros, maior comunidade estrangeira no país. Em várias ocasiões, Ventura afirmou que Portugal tem “minorias que se acham acima da lei”.

Nas redes e em grupos de mensagens como WhatsApp e Telegram, Ventura tem grande ressonância entre setores da extrema-direita portuguesa. Segundo dados da startup Palver, divulgados no jornal Folha de S.Paulo, sua hospitalização durante a campanha gerou comoção nesses círculos e alimentou teorias conspiratórias e campanhas de apoio que ampliaram sua visibilidade digital: muitos compartilhavam a informação falsa de que ele havia sido envenenado.

Apesar das críticas — e de escândalos envolvendo figuras do Chega, como casos de abuso e corrupção — Ventura manteve sua base e viu o partido se fortalecer nas urnas. Ele rejeita qualquer associação com discursos autoritários do passado, como o salazarismo, mas já apropriou-se do lema “Deus, Pátria e Família”, usado pelo antigo regime fascista português, ao qual adicionou “Trabalho”.

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Fonte: InfoMoney

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