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‘Einstein dos pets’ lança plano de saúde para dobrar de tamanho e dominar o interior de São Paulo

O mercado pet movimentou cerca de 77 bilhões de reais em 2024, mas a maioria dos planos de saúde para cães e gatos ainda deixa de lado o atendimento hospitalar completo. Ambulância, UTI, tomografia e cirurgias muitas vezes não são cobertos. O resultado é um serviço limitado que frustra os tutores e deixa os animais vulneráveis.

A VFP, rede com quatro hospitais veterinários do interior paulista e mineiro, quer preencher essa lacuna. A partir de junho, lança um plano de saúde que inclui atendimento ilimitado em seus hospitais com estrutura de alta complexidade, a partir de 189,90 reais por mês. A ideia é atender 5.000 animais no “Einstein dos pets” até o fim do ano.

O lançamento chega num momento em que a empresa já opera quatro hospitais, com planos de chegar a 16 unidades até 2027. “Queremos democratizar o cuidado veterinário com qualidade e previsibilidade de custos”, diz João Marcos Rios, sócio fundador da VFP.

O modelo de negócio da VFP

A VFP nasceu da demanda dos tutores insatisfeitos com os planos tradicionais, que oferecem pouca cobertura e não têm hospitais próprios. Hoje, a rede conta com quatro unidades em funcionamento e quatro em construção. Ribeirão Preto, sua matriz, registra entre 30 e 40 atendimentos diários, somando a atuação dos médicos parceiros.

O plano da VFP tem como base uma rede de médicos veterinários parceiros que atuam em clínicas próprias, mas usam os hospitais da rede para exames de imagem, internações e cirurgias. O modelo B2B2C busca trazer confiança para o tutor, que pode ser atendido pelo veterinário de sua preferência, com a segurança de que os hospitais estão prontos para qualquer emergência.

A estrutura das unidades impressiona: UTIs de alta complexidade, tomografia, ambulância própria, ultrassom e centro cirúrgico disponíveis 24 horas. Isso, em cidades do interior com cerca de 200 mil habitantes, “Levamos para o interior serviço de qualidade que só era acessível em grandes centros”, diz Rios.

Nos últimos dois anos, a receita da VFP triplicou, saltando de 400 mil para 1,2 milhão de reais por mês. Para 2025, a previsão é chegar a 25 milhões anuais e dobrar o faturamento todos os anos. Com quase 200 colaboradores, a rede prepara uma rodada de investimento para ampliar a operação.

Com o lançamento do plano de saúde, vendido diretamente aos tutores, a VFP vai oferecer consultas com os especialistas parceiros e cobertura completa nos hospitais.

O plano cobre consultas, exames, vacinas, internações e cirurgias, com opções que vão desde 189,90 reais até versões sênior para animais acima de sete anos, a 299,90 reais. Não há limite para uso de UTIs, exames ou procedimentos.

“Os planos tradicionais não têm hospital. Nosso cliente vai para o hospital da rede, que conta com tecnologia de ponta, incluindo tomografia e ambulância. Isso ainda não existe no interior”, explica Rios.

Desafios e os planos da VFP

O principal obstáculo é convencer os tutores a escolherem o plano diante de tantas opções no mercado, muitas delas baratas e focadas em volume. “Mostrar que o plano da VFP oferece qualidade superior e acesso a hospitais estruturados é fundamental”, diz o fundador.

A meta é abrir até 16 hospitais até 2027 e alcançar receita anual de 50 milhões até 2026. O foco é consolidar a marca no interior do país. A expansão está focada no interior de São Paulo e Minas Gerais, com possíveis entradas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Nosso plano não é só crescer, mas mudar a mentalidade do mercado. O tutor precisa entender que saúde animal é investimento, não custo”, diz João Marcos.

“O lançamento do plano em junho será o primeiro passo para transformar o setor”, conclui.

Fonte: Exame

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