O Ibovespa abriu o pregão desta quarta-feira, 14, próximo da estabilidade, em meio a sinais divergentes das commodities e da indefinição dos índices de ações internacionais. Em Nova York as bolsas sobem sutilmente e na Europa a maioria cede.
O principal indicador dá sinais de cansaço após ter alcançado ontem nível inédito no intradia e no fechamento da sessão. Na máxima desta terça-feira, o Índice Bovespa subiu para os 139.418 97 pontos, mas arrefeceu no fechamento para os 138.963,11 pontos com alta de 1,76%.
“Dá uma pausa após os dois últimos pregões bem acelerado. Hoje não tem muito trigger gatilho”, diz Pedro Moreira sócio da One Investimentos. Conforme ele, o avanço do indicador refletiu melhora na conjuntura geopolítica após o acordo comercial entre EUA e China, além de bons resultados de empresas brasileiras na temporada de balanços do primeiro trimestre. “Isso tudo ajudou”, diz Moreira, da One.
Além disso ajudaram o Ibovespa fatores como perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos e de proximidade do fim de ciclo de elevação da taxa Selic, na esteira ontem da alta menor do CPI, índice de preços ao consumidor dos EUA, e da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), respectivamente.
“Acredito que o tom otimista do Ibovespa deve continuar nos próximos dias, ainda mais com Trump mais flexível e com o pico dos juros aqui no Brasil”, estima Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, ao referir-se ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Entre as poucas divulgações de indicadores hoje, o volume de serviços prestados, que subiu 0,3%, ficou abaixo da mediana das expectativas, de alta de 0,4%. O dólar e os juros operam perto da estabilidade. No exterior, após cair em torno de 1,00%, o petróleo diminuiu a queda para a fiaxa de 0,30%. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) caiam entre 0,16% (PN) e 0,29% (ON), às 11h12.

Dólar opera perto da estabilidade com investidores à espera de acordos comerciais
Política tarifária norte-americana segue provocando incertezas

Volume de serviços prestados sobe 0,3% em março, um pouco abaixo do esperado
Na comparação com março do ano anterior, houve elevação de 1,9% em março de 2025, já descontado o efeito da inflação
Já o minério de ferro fechou com alta de 2,43% em Dalian. Vale (VALE3) subia 0,05%. CSN On (CSNA3) tinha a maior avanço do setor de metais, com 2,55%, mas CSN Mineração (CMIN3; -0,70%) e Usiminas PNA (USIM5; -0,36%) cediam.
A safra de balanços concentra as atenções, como os já informados caso de JBS (JBSS3), e outros que sairão após o fechamento da B3: Allos (ALOS3), Americanas (AMER3), Eletrobras (ELET3;ELET6), Eneva (ENEV3) e Equatorial Energia (EQTL3). JBS (JBSS3) caía 5,48%, apesar do salto em seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2025.
Às 11h15, o Ibovespa caía 0,01%, aos 138.947,25 pontos, mais perto da mínima (138.698,04 pontos; queda de 0,19%) do que da máxima (139.361,58 pontos, quando subiu 0,29%).
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Fonte: InfoMoney