O desmaio à visão de sangue é mais comum do que se imagina. Na maioria dos casos, ele está ligado a uma resposta paradoxal do sistema nervoso autônomo.
Neste artigo, você vai entender por que esse tipo de reação acontece e quais fatores podem levar a episódios de desmaio.
Síndrome vasovagal: o mecanismo fisiológico
O principal responsável por essa reação é a síndrome vasovagal, um reflexo anômalo do sistema nervoso autônomo. Esse sistema regula funções automáticas do corpo, como batimentos cardíacos, respiração e pressão arterial.
Ao ver sangue, o organismo inicialmente reage com aumento da frequência cardíaca (fase simpática).
Porém, em seguida, ocorre uma resposta exagerada de ativação do nervo vago (fase parassimpática), reduzindo drasticamente a pressão arterial e o ritmo cardíaco. Essa queda compromete o fluxo de sangue no cérebro, causando o desmaio.
Sintomas e sinais de alerta
Antes de desmaiar, muitos indivíduos apresentam sintomas como:
- Náuseas e sudorese fria;
- Palidez;
- Visão turva;
- Tontura;
- Fraqueza e sensação de desfalecimento.
Esses sinais indicam que o sistema nervoso está falhando em manter a pressão sanguínea adequada, e a perda de consciência é iminente.
Hematofobia: o componente psicológico
Muitas vezes, a síncope é associada à hematofobia, o medo irracional de sangue. Esta fobia pode aumentar a resposta emocional ao estímulo visual, amplificando o risco de desmaio. Experiências traumáticas na infância, como acidentes ou procedimentos dolorosos, costumam estar na raiz dessa fobia.
Diagnóstico e avaliação
O diagnóstico é feito principalmente por meio da história clínica. Em alguns casos, é realizado o teste de inclinação (tilt test), no qual o paciente é colocado em uma posição inclinada para avaliar como seu corpo reage ao estresse ortostático.
Esse exame permite observar quedas de pressão e bradicardia, confirmando o diagnóstico de síncope vasovagal.
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Prevenção e cuidados
Embora não exista cura definitiva, algumas medidas ajudam a prevenir desmaios:
- Manter-se hidratado
- Evitar ficar longos períodos em pé
- Movimentar as pernas para estimular a circulação
- Evitar ambientes quentes e abafados
- Sentar-se ou deitar-se imediatamente ao perceber sinais de alerta
Em casos mais severos, médicos podem prescrever medicamentos para ajudar a controlar a pressão arterial.
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Fonte: Olhar Digital
