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China e América Latina lançam projetos conjuntos para fortalecer relações estratégicas

A 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) foi realizada nesta terça-feira, 13, no Centro Nacional de Convenções, em Pequim, marcando um novo capítulo na cooperação entre a China e os países da América Latina e do Caribe. Durante a cerimônia de abertura, foram anunciadas cinco grandes iniciativas conjuntas voltadas ao desenvolvimento de ambas as regiões.

O evento reuniu chefes de Estado e representantes de alto nível de diversos países da região, incluindo o presidente da Colômbia, Gustavo Petro — cujo país ocupa atualmente a presidência rotativa da CELAC —, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Chile, Gabriel Boric. Também estiveram presentes líderes de delegações e representantes de organizações regionais latino-americanas e caribenhas.

Fórum China-CELAC: Mecanismo de diálogo crescente

O Fórum China-CELAC, criado em 2015, tornou-se um dos principais mecanismos multilaterais de diálogo entre a China e os países latino-americanos e caribenhos. A reunião de 2025 ocorre em um momento de intensificação das relações Sul-Sul e reafirma a disposição das partes em aprofundar a parceria estratégica integral.

O presidente chinês, Xi Jinping, destacou que a parceria China-América Latina é baseada na igualdade, impulsionada por ganhos mútuos, caracterizada pela abertura e inclusão, e voltada ao bem-estar dos povos, apresentando forte vitalidade e amplas perspectivas.

As cinco grandes iniciativas propostas por Xi Jinping

Durante o evento, o presidente chinês propôs cinco grandes iniciativas conjuntas, que visam fortalecer a colaboração entre as duas regiões:

  • Projeto de Unidade: Apoiar-se mutuamente nas questões de interesse central, defender o sistema internacional centrado na ONU e a ordem internacional baseada no direito internacional. A China convidará anualmente, nos próximos três anos, 300 quadros partidários dos países da CELAC para visitas à China.
  • Projeto de Desenvolvimento: Implementar a Iniciativa de Desenvolvimento Global, proteger o sistema de comércio multilateral, manter cadeias produtivas e de suprimento estáveis, e ampliar a cooperação em comércio e investimento. A China importará mais produtos latino-americanos e incentivará empresas chinesas a investir na região.
  • Projeto de Civilização: Implementar a Iniciativa de Civilizações Globais, promovendo valores comuns como paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade. Será realizada a Conferência de Diálogo de Civilizações China-América Latina.
  • Projeto de Paz: Implementar a Iniciativa de Segurança Global, fortalecendo a cooperação em gestão de desastres, cibersegurança, combate ao terrorismo, à corrupção, às drogas e ao crime organizado transnacional.
  • Projeto de Coração e Mente: Nos próximos três anos, a China oferecerá 3.500 bolsas de estudo governamentais, 10 mil vagas para cursos de formação na China, 500 bolsas para professores de chinês, 300 vagas de capacitação técnica em redução da pobreza e 1.000 vagas em grupos do projeto “Ponte da Língua Chinesa”. Além disso, serão implementados 300 pequenos projetos sociais e cinco países latino-americanos receberão isenção de visto, com previsão de ampliação para outros.

Compromisso contínuo da China com a América Latina

Xi concluiu afirmando que, independentemente das mudanças internacionais, a China continuará sendo uma amiga e parceira dos países latino-americanos e caribenhos, caminhando lado a lado rumo à modernização e construindo juntos um novo capítulo da comunidade de destino compartilhado China-América Latina.

Fonte: Exame

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