A fábrica da BYD no Brasil só estará funcionando com sua capacidade plena em dezembro de 2026. A afirmação foi feita por Augusto Vasconcelos, gestor da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia.
“A obra da fábrica foi atrasada, em razão de investigações, e existe um novo cronograma estabelecido, para que até dezembro de 2026, a fábrica esteja em pleno funcionamento e com a expectativa de geração de cerca de 10 mil postos de trabalho, disse ele em rede social.
“Já neste ano, em 2025, existe a expectativa de que carros estejam sendo produzidos e algumas contratações têm sido efetivadas. Não no contingente inicialmente divulgado”, falou o executivo.
Mesmo com o adiamento da capacidade plena da fábrica para 2026, Vasconcelos apontou que será iniciada ainda neste ano a produção de forma reduzida e no esquema SKD – um tipo de montagem onde os veículos são enviados para a fábrica parcialmente desmontados, numa espécie de “kit” para que sejam finalizados no destino. Mesmo não “nascendo” por aqui, automóveis finalizados desta forma são considerados carros brasileiros.
O executivo disse que uma plataforma do governo da Bahia preparou 500 trabalhadores para atuarem na BYD, com mais vagas previstas para serem abertas no futuro. A BYD disse que a montagem dos veículos será “iniciada nos próximos meses”.
“A estimativa é que sejam criados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos ao longo do projeto, consolidando a planta baiana como o maior polo industrial da BYD fora da China”, diz a BYD em nota.
Em março do ano passado, a BYD havia prometido que a fábrica, instalada na antiga planta da Ford, em Camaçari, estaria em pleno funcionamento já em 2025. Durante o anúncio, a companhia afirmou que a capacidade da fábrica será de 150 mil veículos por ano.
Trabalhadores resgatados
Em dezembro do ano passado, o Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizou a fábrica de Camaçari e resgatou 163 trabalhadores chineses encontrados em condições análogas à escravidão.
A BYD informou em nota que recebeu a notificação do governo de que a construtora terceirizada Jinjang Construction Brazil Ltda havia cometido irregularidades e decidiu encerrar o contrato com a empresa.
Fonte: Exame