O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou nesta segunda-feira (12) que não há polêmica em torno da foto em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece ao lado de líderes de regimes autoritários durante sua visita a Moscou. Segundo Vieira, a participação de Lula foi institucional e reforçou os laços diplomáticos e comerciais entre Brasil e Rússia. As informações são do portal Poder360.
Vieira explicou que o presidente brasileiro esteve na capital russa para participar das comemorações da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, um evento histórico de relevância internacional. Na avaliação do ministro, o resultado da viagem foi positivo, e não houve constrangimento diplomático.

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Lula esteve em Moscou na sexta-feira (9), acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como “Banco dos Brics”. O presidente assistiu ao desfile militar na Praça Vermelha ao lado de outros 19 líderes internacionais, muitos deles chefes de Estado de países com governos autoritários.
Entre eles estaca Ibrahim Traoré, de Burkina Faso, Umaro Sissoco Embaló, da Guiné-Bissau, Abdel Fattah el-Sisi, do Egito, e Emmerson Mnangagwa, do Zimbábue.
A imagem de Lula ao lado dessas lideranças gerou críticas da oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificou como “inacreditável” o fato de Lula ter participado de um evento ao lado de autocratas.
A crítica de Flávio contrasta com o histórico de seu pai, Jair Bolsonaro, que durante seu mandato manteve relações próximas com líderes autoritários, como o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, e o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Bolsonaro chegou a elogiar esses líderes em diversas ocasiões, chamando Orban de “irmão” e Mohammed bin Salman de “quase irmão”,
Para o governo brasileiro, a visita de Lula a Moscou foi uma oportunidade de fortalecer o diálogo com a Rússia, país membro dos Brics e parceiro estratégico do Brasil. A viagem também reflete a política externa de neutralidade adotada por Lula em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, com o Brasil mantendo diálogo tanto com o Ocidente quanto com aliados de Moscou.
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Fonte: InfoMoney